

Cooperando com Deus
- Em: Teologia
- Por: Davi Paes Silva
Cooperamos com Deus quando correspondemos à atração do Espírito Santo, quando separamos tempo para estudar a Palavra de Deus, e quando desfrutamos profunda comunhão com Ele por meio da oração. Cooperamos com Deus quando difundimos Sua palavra a outros que não conhecem Seu amor e o plano da salvação.
No plano da salvação, a cooperação é essencial. Os integrantes da Divindade – o Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo – atuam em harmonia e perfeita cooperação. Cada qual desempenha parte vital em realizar nossa redenção.
Também os anjos de Deus estão ativamente empenhados na obra da redenção. A Palavra de Deus os menciona como “espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação.” Hebreus 1:14.
Tão logo alguém aceita a Cristo como seu único e Todo-Poderoso Salvador, é chamado a cooperar com Deus. Não procurará apenas alcançar a santificação própria. Também será agente nas mãos de Deus para trabalhar em favor da salvação de outros.
Na justificação, o homem corresponde à influência do Espírito Santo que o conduz ao pé da cruz, levando-o ao arrependimento. Em resultado, o homem entrega sua vida completamente ao Senhor Jesus Cristo, confessando seus pecados, sendo justificado e perdoado. A justificação ocorre em um momento. Ao ser justificado, o homem
nasce de novo. “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” João 1:12 e 13. O homem passa a viver vida nova em Jesus Cristo. Tem início o processo de santificação, que também é obra divina realizada no homem por meio da fé. “O justo viverá por fé.” (Romanos 1:17). “O Meu justo viverá pela fé; e: se retroceder, nele não Se compraz a Minha alma.” (Hebreus 10:38).
“A justiça de Cristo é revelada de fé em fé, isto é, da vossa fé atual acrescida de entendimento crescente daquela fé que opera por amor e purifica a alma.” Review and Herald, 18 de setembro de 1908.
“Nenhum ser humano recebe santidade como algo hereditário ou por qualquer outra concessão humana. Santidade é dom de Deus por meio de Cristo. Os que recebem o Salvador tornam-se filhos de Deus. São Seus filhos espirituais, renascidos, renovados em justiça e santidade verdadeira. A mente deles é mudada. Com visão mais clara, contemplam as realidades eternas. São adotados na família de Deus, mudados segundo a semelhança divina, transformados de glória em glória pelo Espírito. Deixam de dedicar amor supremo a si memos, passando a amar supremamente a Deus e a Jesus Cristo. ... Aceitar a Cristo como Salvador pessoal, seguir-Lhe o exemplo de abnegação, eis o segredo da santidade.” SDA Bible Commentary (E. G. White comments), vol. 6, pág. 1117.
“A obra de alcançar a salvação é de co-participação e cooperação. Deve haver cooperação entre Deus e o pecador arrependido. Isto é necessário para a formação de corretos princípios de caráter. O homem precisa fazer esforços veementes para vencer o que o impede de alcançar a perfeição. Para alcançar êxito, porém, ele depende inteiramente de Deus. Por si mesmos, os esforços humanos não são suficientes. Sem a ajuda do poder divino, eles não têm valor. Deus age, e o homem também. A resistência à tentação deve partir do homem, que, por sua vez, tem que obter de Deus o poder. De um lado se acham sabedoria infinita, compaixão e poder. Do outro, debilidade, pecaminosidade e incapacidade absoluta.
“Que homem nenhum apresente a idéia de que o agente humano pouco ou nada tem que fazer na grande obra de vencer, pois Deus nada faz para o homem sem a cooperação dele. Jamais seja dito que, depois de haverdes feito tudo que de vossa parte seja possível, Jesus vos ajudará. Disse Cristo: “Sem Mim nada podeis fazer’. João 15:5. Do princípio ao fim o homem precisa ser coobreiro de Deus. A menos que o Espírito Santo opere no coração humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços do homem são nada mais que nulidade. A cooperação com Cristo, entretanto, significa vitória. De nós mesmos, não temos poder para nos arrepender dos pecados. A menos que aceitemos o auxílio divino, não podemos dar nem mesmo o primeiro passo rumo ao Salvador.
Diz Ele: ‘Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim’ (Apocalipse 21:6) na salvação de cada alma.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 381.
“Deus quer que governemos nosso ser, mas não nos pode ajudar sem nosso consentimento e cooperação. O Espírito divino age por meio dos poderes e faculdades concedidos ao homem. Sozinhos, não podemos pôr nossos propósitos, desejos e inclinações em harmonia com a vontade divina. Se estivermos dispostos, porém, o Salvador fará isso por nós, ‘destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo’. 2 Coríntios 10:5.” Atos dos Apóstolos, págs. 482 e 483.
“O que deveis compreender é a verdadeira força da vontade. Esta é o poder que governa a natureza do homem, o livre arbítrio, o poder da decisão e de escolha. Tudo depende da correta ação da vontade. O poder da escolha, Deus o concedeu ao homem. A ele compete exercê-lo. Não podeis mudar vosso coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus vossas afeições, mas podeis escolher servi-Lo. Podeis dar-Lhe a vossa vontade. Então, Ele operará em vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade.
Desse modo, toda a vossa natureza será levada sob o domínio do Espírito de Cristo. Vossas afeições estarão centralizadas nEle. Vossos pensamentos estarão em harmonia com Ele.” Steps to Christ, pág. 47.
A justiça de Cristo é denominada “traje tecido nos teares do Céu [que] não tem um fio sequer de origem humana.” (Parábolas de Jesus, 101), significando que a justiça de Cristo é perfeita, completa, pura, sem qualquer traço humano.
COMO PODE O HOMEM COOPERAR COM DEUS?
“Assim, todos os que esperam ser salvos pelos méritos do sangue de Cristo devem compreender, que eles mesmos têm algo a fazer para alcançar a salvação. Conquanto seja apenas Cristo que nos pode remir da pena da transgressão, precisamos desviarnos do pecado para a obediência. O homem deve ser salvo pela fé, e não pelas obras. A fé, contudo, deve mostrar-se pelas obras. Deus deu Seu Filho para morrer como propiciação pelo pecado, Ele manifestou a luz da verdade, o caminho da vida. Concedeu oportunidades, ordenanças e privilégios. Agora, o homem deve cooperar com esses instrumentos de salvação. Precisa apreciar e usar os auxílios que Deus proveu; crer e obedecer a todas as reivindicações divinas.” Patriarcas e Profetas, pág. 279.
“Nesta grande luta pela vida eterna, é designada ao homem uma parte. Ele tem que atender à operação do Espírito Santo.
Romper com os poderes das trevas exigirá luta. O Espírito atua nele a fim de alcançar esse objetivo. Homem algum, entretanto, é passivo para ser salvo na indolência. Na luta pela imortalidade, é chamado a forçar cada músculo, exercitar cada faculdade.
Entretanto, é Deus quem supre a eficiência. Nenhum ser humano pode ser salvo na indolência. O Senhor nos ordena: ‘Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão’. Lucas 13:24. ‘Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela, porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela’.
Mateus 7:13 e 14.” Testimonies, vol. 8, pág. 65. Com referência a um servo de Deus que alcançou compreensão clara a respeito da mensagem da justiça pela fé (na verdade esta é condição essencial para que alguém seja reformador), lemos: “Durante longos e sombrios anos de esforços exaustivos, anos de rigorosa renúncia, exprobações e humilhações, Wesley haviase conservado firme em seu único propósito de procurar a Deus.
Encontrou-O, por fim. Descobriu que a graça que tanto labutara por alcançar por meio de orações e jejuns, obras de caridade e abnegação, era um dom, ‘sem dinheiro, e sem preço’.
“Então, continuou em sua vida austera e abnegada, não como base, mas como resultado da fé; não como raiz, mas como fruto da santidade. A graça de Deus em Cristo é o fundamento dado cristão. Essa graça se manifestará em obediência.” The Great Controversy, pág. 256.
VIGILÂNCIA
Sendo aspecto muito importante em nossa experiência cristã, a vigilância contra a tentação não é a causa, mas o resultado da obra do Espírito Santo em nós.
Em diversas ocasiões, Jesus exortou Seus seguidores a serem vigilantes. Disse Ele aos Seus discípulos: “Portanto, vigiai... Vigiai e orai, para que não entreis em tentação...’ (Mateus 24:42; 26:41); ‘Vigiai, pois, a todo tempo, orando...’ (Lucas 21:36). Poderemos estar em posição de vigia somente depois de termos sido aceitos
por Cristo.
“Há pessoas conscienciosas, cuja confiança está parcialmente em Deus, e parcialmente em si mesmas. Não esperam em Deus para ser guardadas por Seu poder. Confiam na vigilância contra a tentação e no cumprimento de certos deveres para serem por Ele aceitas. Não há vitórias nessa espécie de fé. Essas pessoas labutam sem propósito nenhum. Têm a alma em contínua escravidão. Só encontrarão descanso quando depuserem seus fardos aos pés de Jesus.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 353.
Este parágrafo menciona alguns que chegam a considerar a vigilância e o cumprimento de certos deveres como obras meritórias na esperança de serem aceitos diante de Deus. Este pensamento é equivocado. Por outro lado, se não temos a compreensão correta a respeito deste assunto importante, podemos ser tentados a negligênciar nossa vigilância e o cumprimento de determinados deveres cristãos.
“Há necessidade de constante vigilância e de fervorosa e terna dedicação; isso, porém, virá naturalmente se a alma é guardada pelo poder de Deus mediante a fé. Nada podemos fazer, absolutamente nada, para nos recomendar ao favor divino. Não devemos absolutamente confiar em nós mesmos nem em nossas boas obras; mas, quando, como seres erradios e pecadores, nos chegamos a Cristo, encontramos descanso em Seu amor. Deus aceitará a cada um dos que se chegam a Ele, confiando inteiramente nos méritos de um Salvador crucificado. Brota o amor no coração. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas haverá uma duradoura e pacífica confiança. Todo peso se tornará leve; pois leve é o jugo imposto por Cristo. O dever torna-se um deleite, e um prazer, o sacrifício. O caminho que antes parecia envolto em trevas torna-se iluminado pelos raios do Sol da Justiça. Isso é andar na luz, como Cristo na luz está.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 353 e 354.
ORAÇÃO
“Problemas e perplexidades nos levam à oração, e a oração afasta os problemas e perplexidades”. Felipe Melâncton.
“Muitas vezes tenho sido levado a ajoelhar-me mediante a irresistível convicção de que não tinha nenhum lugar aonde ir.
Minha própria sabedoria e a sabedoria de todos ao meu redor pareciam insuficientes para o dia”. Abraão Lincoln.
“Ó Tu mediante Quem nos chegamos a Deus, O Caminho, a Verdade, a Vida. A vereda da oração Tu mesmo a trilhaste, Senhor, ensina-nos a orar.”
Anônimo.
A oração é tão essencial à nossa vida espiritual como o é arespiração à nossa própria existência. De fato, a oração é a respiração da alma. Como a nossa vida física depende da respiração, assim a nossa vida espiritual depende da oração. As almas morrem espiritualmente por falta de oração. A oração eficaz, por meio da qual a alma recebe nutrição, não é uma oração rotineira, formal, apressada, ou repetitiva. É “o abrir do coração a Deus como a um amigo.” Como nos comunicamos com nossos amigos? Não é usando cumprimentos formais tais como: “Oi”, “Olá”, “Como vai você.”
Quando encontramos verdadeiros amigos, intercambiamos alegrias e tristezas.
“Muitos, mesmo nas horas de devoção, deixam de receber a bênção da comunhão real com Deus. Estão com demasiada pressa.
Com passos precipitados, apressam-se ao atravessar o grupo dos que têm a adorável presença de Cristo, detendo-se, possivelmente, um momento no recinto sagrado, mas não para esperar conselho.
Não têm tempo de ficar com o Mestre divino. E com seus fardos voltam eles a seus trabalhos.
“Esses trabalhadores nunca poderão alcançar o maior êxito antes que aprendam o segredo da força. Devem dar a si mesmos tempo para pensar, orar e esperar de Deus a renovação da força física, mental e espiritual. Precisam da influência enobrecedora de Seu Espírito. Recebendo-a, animar-se-ão de uma nova vida. O corpo exausto e o cérebro cansado refrigerar-se-ão, e o coração oprimido aliviar-se-á.
“Nada de uma parada momentânea em Sua presença, mas um contato pessoal com Cristo, sentando-nos em Sua companhia - tal é a nossa necessidade.” Educação, pág. 260 e 261.
TESTEMUNHAR DE CRISTO
Um dos melhores meios para fortalecer nossa vida cristã é cultivarmos o espírito de altruísmo ao interessarmo-nos pelo bem dos outros. Isso equivale a testemunhar para Cristo. Ele nos chamou para sermos Suas testemunhas na Terra. Enquanto Ele confessa nossos nomes diante do Pai, devemos confessá-Lo perante o mundo.
Por meio do profeta Isaías, Ele disse: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor. Eu sou Deus.” Isaías 43:12, 13.
Antes de Sua ascensão, Cristo disse aos Seus discípulos: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” Atos 1:8.
Uma ilustração dessa comissão evangélica é encontrada na instrução que Jesus deu ao jovem gadareno que havia sido livrado do poder dos demônios.
“Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos. Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem! E perguntou-lhe: Qual é o teu nome?
Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogoulhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país. Ora, pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos. E os espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para que entremos neles. Jesus o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram. Os porqueiros fugiram e o anunciaram na cidade e pelos campos. Então, saiu o povo para ver o que sucedera.
Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram. Os que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. E entraram a rogar-lhe que se retirasse da terra deles.
“Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus.
Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se dmiravam.” Marcos 5:1-20.
LEMBRE-SE:
O jovem endemoninhado vivia entre tumbas. Não havia nenhum poder humano capaz de o restringir. Os anjos maus, que empregavam sua força física por meio dele, quebraram e cadeias. O jovem perambulava pelos desertos e se feria com pedras. Sua aparência era repugnante.
Quando ele viu Jesus, correu para Ele e O adorou, reconhecendo-O como o Filho de Deus. E Jesus respondeu a não pronunciada oração do jovem que, em seu coração, estava ansioso de conseguir libertação do poder dos demônios.
Antes que os maus espíritos fossem expulsos dele, pediram permissão para entrar numa manada de porcos. Após a destruição dos suínos, que causou grande prejuízo aos proprietários, os habitantes de Decápolis foram possuídos de grande preconceito e superstição contra a obra de Cristo. Para eles, o lucro proveniente da criação daqueles animais imundos era de maior valor que a presença do Salvador. Que triste barganha!
Após sua miraculosa libertação, o jovem desejou ardentemente permanecer na companhia do Salvador. Mas Jesus lhe disse: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo que o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.”
1. “Vai para a tua casa.”
O primeiro campo missionário do cristão é seu próprio lar.
Um lar verdadeiramente cristão mostrará a outros o poder do Evangelho e dará peso à obra feita em favor dos de fora.
2. “Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.”
Um pregador que se relaciona pessoalmente com seu Salvador empreende a forma de evangelismo que produz os melhores resultados. Pregar teorias abstratas, sem onhecimento prático, pode convencer a alguns poucos da veracidade das doutrinas da igreja, mas tal pregação é destituída de poder para salvar os ouvintes. O jovem gadareno devia contar o que o Senhor havia feito por ele.
Aquele jovem tivera apenas um pequeno contato com Cristo. Ele não tivera o mesmo privilégio dos discípulos. Mas aquele contato o libertou do poder dos demônios, e sua vida foi transformada. Isso era tudo que ele devia contar: sua experiência pessoal com o Salvador.
Foi difícil para ele separar-se da presença visível de Jesus, mas ele obedeceu imediatamente. Ele não contou sua experiência com o Salvador apenas a sua família e parentes, mas, também, pregou as boas novas em toda a região de Decápolis. Quando Jesus visitou aquela área pela segunda vez, muitas pessoas estavam preparadas para recebê-Lo como resultado do trabalho missionário feito pelo gadareno convertido.
“É em trabalhar para difundir as boas novas de salvação, que somos levados para perto do Salvador... Como testemunhas de Cristo, cumpre-nos dizer o que sabemos, o que nós mesmos temos visto e ouvido e sentido. Se estivemos a seguir a Jesus passo a passo, havemos de ter qualquer coisa bem positiva a contar acerca da maneira por que nos tem conduzido. Podemos dizer como Lhe temos provado as promessas e as achado fiéis. Podemos dar testemunho do que temos conhecido da graça de Cristo. É esse o testemunho que nosso Senhor pede de nós, e por falta do qual está o mundo a perecer...
“E almas que têm sido degradadas a instrumentos de Satanás são, ainda, mediante o poder de Cristo, transformadas em mensageiras da justiça, e enviadas pelo Filho de Deus a contar quão ‘grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti’.” O Desejado de Todas as Nações, págs. 340 e 341.”
“Ao aliar-se o poder divino com o esforço humano, a obra se propagará como o fogo na palha. Deus empregará instrumentos cuja origem o homem será incapaz de discernir; os anjos farão uma obra que os homens poderiam haver tido a bênção de realizar, não houvessem eles negligenciado atender aos reclamos de Deus.” Review and Herald, 15 de dezembro de 1885. Mensagens Escolhidas, vol 1, pág. 118.
SUMÁRIO
Cooperamos com Deus quando correspondemos à atração do Espírito Santo, quando separamos tempo para estudar a Palavra de Deus, e quando desfrutamos profunda comunhão com Ele por meio da oração. Cooperamos com Deus quando difundimos Sua palavra a outros que não conhecem Seu amor e o plano da salvação.