O Santuário da Família
- Quando: 21/10
- Em: Vida Cristã
Por: A. Gessner, M. Araújo e A. Gessner
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Fundamentação ao tema: “A casa é o santuário da família...”— Testemunhos para a igreja, vol. 5, pág. 491
Tese: Lições do Santuário para as famílias do século XXI.
INTRODUÇÃO
Assim como o a igreja é o santuário da congregação, é a casa o santuário da família. Quando em casa são aplicadas as lições ensinadas na igreja, tanto a igreja como a família se tornam fortes. No passado, através de Moisés na construção do santuário, Deus instituiu lições que foram suficientes para preservar a família israelita das corrupções das nações gentílicas. Hoje estudaremos a importância dessas lições para a preservação das famílias cristãs do século XXI.
Frase de transição: Deus quer preservar nossa família através da lição:
I – DO PÃO DA PRESENÇA DA PREPARAÇÃO – IDEIA DE CUIDADO E DEPENDÊNCIA
a) Levíticos 24:5, 8 – “Também tomarás da flor de farinha, e dela cozerás doze pães; cada pão será de duas dízimas de um efa. [...] Em cada dia de sábado, isto se porá em ordem perante o Senhor continuamente, pelos filhos de Israel, por aliança perpétua.”
b) “Os pães da proposição eram conservados sempre perante o Senhor como uma oferta perpétua. Assim, era isto uma parte do sacrifício cotidiano. Era chamado o pão da proposição, ou “pão da presença”, porque estava sempre diante da face do Senhor. Êxodo 25:30. Era um reconhecimento, AO INVÉS de que o homem depende de Deus, tanto para o pão temporal como o espiritual, e de que este é recebido apenas pela mediação de Cristo. Deus alimentara Israel no deserto com pão do Céu e ainda dependiam eles de Sua munificência tanto para o pão temporal como para as bênçãos espirituais. Tanto o maná como o pão da proposição apontavam para Cristo, o pão vivo, que sempre está na presença de Deus por nós. Ele mesmo disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.” João 6:48-51.” – Cristo em Seu santuário, pág. 34.
c) “Embora a preparação para o sábado deva prosseguir durante toda a semana, a sexta-feira é o dia por excelência da preparação. Por intermédio de Moisés, disse o Senhor a Israel: "Amanhã é o repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã." Êxodo 16:23. "Espalhava-se o povo, e o [maná] colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava; e em panelas o cozia, e dele fazia bolos." Números 11:8. Tinham, pois, alguma coisa que fazer a fim de preparar o pão que lhes era enviado do Céu, e o Senhor lhes ordenou que o fizessem na sexta-feira, o dia da preparação. Ia nisto uma prova para Israel. Queria Deus prová-los se guardariam ou não o Seu santo sábado.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 21.
d) “Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isto como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr-do-sol, ponde de parte todo trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 22.
II- DO SACRIFÍCIO DA MANHA E DA TARDE – IDEIA DE HÁBITO, CONSTÂNCIA OU CONTINUIDADE.
a) Êxodo 29.38-39 – “Isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás à tarde.”
b) "O culto cotidiano consistia no holocausto da manhã e da tarde, na oferta de incenso suave no altar de ouro, e nas ofertas especiais pelos pecados individuais. E também havia ofertas para os sábados, luas novas e solenidades especiais. Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre o altar, com sua apropriada oferta de manjares, simbolizando assim a consagração diária da nação a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório de Cristo.” – Patriarcas e profetas, pág. 352.
c) “Neste costume têm os cristãos um exemplo para a oração da manhã e da noite. Conquanto Deus condene um mero ciclo de cerimônias, sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que O amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar seus pedidos de bênçãos necessitadas.” – Patriarcas e profetas, pág. 366. “Em cada família deve haver um tempo determinado para os cultos matutino e vespertino. Que apropriado é reunirem os pais em redor de si aos filhos, antes de quebrar o jejum, agradecer ao Pai celeste Sua proteção durante a noite e pedir-Lhe auxílio, guia e proteção para o dia! Que adequado, também, em chegando a noite, é reunirem-se uma vez mais em Sua presença, pais e filhos, para agradecer as bênçãos do dia findo!” – Testemunhos seletos, vol. III, pág. 92.
d) “Para que se desperte e fortaleça o amor ao estudo da Bíblia, muito depende do uso feito da hora de culto. As horas do culto matutino e vespertino devem ser as mais agradáveis e interessantes do dia. Compreenda-se que nessas horas nenhum pensamento perturbador ou mau se deve intrometer; que pais e filhos se reúnam a fim de se encontrarem com Jesus e convidar ao lar a presença dos anjos. Seja o culto breve e cheio de vida, adaptado à ocasião, e variado de tempo em tempo. Tomem todos parte na leitura da Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes a lei de Deus. Contribuirá para maior interesse das crianças ser-lhes algumas vezes permitido escolher o trecho a ser lido. Interroguem-nas a respeito do mesmo, e permitam que façam perguntas. Mencionem qualquer coisa que sirva para ilustrar o sentido. Se o culto não se tornar demasiado longo, façam com que os pequeninos tomem parte na
oração e unam-se eles ao canto, ainda que seja uma única estrofe.” – Mensagens aos jovens, pág. 341.
III- DA OFERTA QUEIMADA E DA SANTA CONVOCAÇÃO – IDEIA DE ENTREGA COMPLETA E TEMPO DE EXCLUSIVIDADE
a) Levíticos 23:27 – “Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor.”
b) “A oferta de holocausto era um símbolo da inteira consagração que deve ser experimentada em cada vida para que Deus possa usá-la para Sua glória.” – A cruz e sua sombra, pág. 133.
c) Romanos 12:1 – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
d) “Deus gostaria que compreendêssemos que Ele tem direito à mente, alma, corpo e espírito – a tudo que possuímos. Somos Seus pela criação e pela redenção. Como nosso Criador, Ele requer nosso inteiro serviço. Como nosso Redentor, tem uma reivindicação tanto de amor como de direito - uma reivindicação de amor sem paralelo. [...] Nosso corpo, nossa alma, nossa vida, pertencem-Lhe, não apenas porque são livre dom de Sua parte, mas porque Ele nos supre constantemente com Seus benefícios, e dá-nos força para usarmos nossas faculdades.” – Maravilhosa graça (1974), pág. 243.
IV- DA AFLIÇÃO DE ALMA E DO DIA DA EXPIAÇÃO – IDEIA DE CONTRIÇÃO PESSOAL E UM MOMENTO SOLENÍSSIMO
a) Levíticos 23:27, 28 – “Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor.” E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus.”
b) “Toda esta cerimônia tinha por fim impressionar os israelitas com a santidade de Deus e o Seu horror ao pecado; e, demais, mostrar-lhes que não poderiam entrar em contato com o pecado sem se poluir. Exigia-se que, enquanto a obra de expiação se efetuava, cada homem afligisse a alma. Todas as ocupações deviam ser postas de parte, e toda a congregação de Israel passar o dia em solene humilhação diante de Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração.” – O grande conflito, pág. 420.
c) “O dia antitípico da expiação abrange um período de anos. No símbolo, exigia-se um jejum de vinte e quatro horas. Durante esse dia requeria-se completo controle do apetite. Isso era um símbolo da abstinência que deve ser praticada durante o antitípico período de anos. Deus designou que Seu povo controle o apetite e o mantenha subjugado (1 Coríntios 9:27). Satanás, por outro lado, sugere rédeas livres
ao apetite, de tal maneira que a pessoa fica subjugada, controlada pelo mesmo.” – A cruz e sua sombra, pág. 230.
d) “O verdadeiro jejum que se deve recomendar a todos, é a abstinência de toda espécie de alimento estimulante, e o uso apropriado de alimentos simples e saudáveis, por Deus providos em abundância. Os homens precisam pensar menos sobre o que comer e o que beber, com relação a alimentos temporais, e muito mais com respeito ao alimento do Céu, que dará tono e vitalidade a toda a experiência religiosa.” – Conselho sobre o regime alimentar, pág. 90.
CONCLUSÃO
No cerimonial típico - sombra do sacrifício e sacerdócio de Cristo - a purificação do santuário era o último serviço realizado pelo sumo sacerdote no conjunto anual das cerimônias ministradas. Era a obra finalizadora da expiação - uma remoção ou afastamento do pecado de Israel. Prefigurava a obra final no ministério de nosso Sumo Sacerdote no Céu, pela remoção ou obliteração dos pecados de Seu povo, que se achavam registrados nos relatórios celestiais. Este trabalho envolve uma investigação e um julgamento; e isto precede imediatamente a vinda de Cristo nas nuvens do céu, com poder e grande glória. Quando Ele vier, pois, todos os casos estarão decididos. Diz Jesus: "O Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apoc. 22:12.” – Cristo em Seu santuário, pág. 72.
173 anos após a passagem do Lugar Santo para o Santíssimo, Jesus Cristo ainda permanece intercedendo em nosso favor. Porém, Sua obra expiatória logo cessará e todos os casos, decididos. Como pais, mães e filhos, estamos também incluídos nesta inspeção. Contudo, o que nos cabe nestes momentos, é questionarmos: Se estamos ou não aplicando as sublimes lições do santuário em nossa família?
Que, pela fé, como famílias do Século XXI, sigamos a Jesus na grande obra da expiação, recebendo os benefícios de Sua mediação em favor da minha e também de tua família. Amém!
Observações ao pregador
a) Sermão preparado para ser apresentado no sábado, 21 de outubro, em alusão à data que Jesus entrou no lugar Santíssimo, iniciando o juízo investigativo (22 de outubro);
b) Não é necessário que se leia todos os textos. Pode-se apresentar a ideia central do texto através de comentários.