Uma família cristã etíope que passou por momentos difíceis e dolorosos, participou de um dos seminários da Portas Abertas, que trata especificamente de pessoas que traumatizadas pela conta da perseguição religiosa. A Etiópia é um lugar muito hostil para aqueles que decidem se converter ao cristianismo. Sintayehu* perdeu seu marido muito cedo; ele foi assassinado em seu próprio restaurante por militantes de um grupo extremista islâmico. Um dos filhos do casal que sentiu demais a perda do pai viveu momentos de revolta.
Por algum tempo, a família esteve desestabilizada, mas depois que recebeu apoio psicológico e espiritual, conseguiu seguir em frente, inclusive participando novamente dos trabalhos realizados na igreja. Sintayehu conta que muitas pessoas não entendiam como a família poderia ser feliz depois de tudo o que viveu. "Um dia, meu filho foi questionado pelo próprio amigo, que queria saber como ele poderia ficar em silêncio, sem vingar o sangue do pai", diz ela.
A mãe conta que o filho deu a seguinte resposta ao amigo: "Dói em meu coração saber que meu pai está morto, pois eu o amava demais, mas ele não é o único. Quando se trata do evangelho, há muitos que morrem pelo nome de Cristo. Não há necessidade de vingança, pois meu pai não morreu em vão. Saber que ele morreu por causa de Jesus é uma honra para mim". Segundo Sintayehu, essas palavras mostram que seu filho tem um coração preenchido pelo amor do Senhor. "Ele foi abençoado com a graça do perdão e ele prega a Palavra de Deus de uma forma linda", comenta a cristã que segue em frente com seu ministério, depois de ter servido a Deus durante 20 anos com o marido. "Eu descobri que apesar do tamanho da minha queda, Deus pode me levantar. Agora eu vou trabalhar para estender as mãos para aqueles que estão desesperançosos também", conclui.
*Nome alterado por motivos de segurança.
Fonte: Missão Portas Abertas