A superioridade do caráter nobre
- Quando: 27/03
- Em: Ilustrações
Filipe II, rei da Macedônia, foi muito acusado por seus compatriotas de indigno de ser rei, indigno de ser comandante, indigno mesmo de ser grego ou de ser considerado nobre. No entanto, encontrava prazer em escutar a verdade, tão incômoda aos ouvidos dos soberbos; dizia que os oradores de Atenas lhe tinham prestado um grande serviço censurando-lhe os defeitos, pois só assim poderia corrigir-se.
Certo prisioneiro, que estava à venda, dirigia-lhe muitas acusações.
- Ponde-o em liberdade - disse Filipe. - Não sabia que era dos meus amigos.
Sugerindo-lhe alguém a punição de um homem que dele tinha falado mal, respondeu:
- Vejamos primeiro se lhe demos motivo para isso.
O embaixador de Atenas acabava de expor-lhe com muita insolência a sua missão. Filipe ouviu-o com paciência. Ao final perguntou ao agressor:
- Que poderia eu fazer que fosse agradável à República?
Obteve a resposta:
- Enforcares-te.
Os expectadores, indignados, dispunham-se a puni-lo. Filipe não deixou, dizendo:
- Deixai em paz esse bobo; e dirigindo-se aos outros embaixadores:
- Dizei aos vossos compatriotas que aquele que insulta deste modo é muito inferior ao que, podendo puni-lo, perdoa-lhe.
"Nada façais por contenda ou por vangloria, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus" (Fp 2.3-5).