O olhar da mãe
- Quando: 03/10
- Em: Ilustrações
O emigrante, arrimado a um bordão, volta de um país estrangeiro.
Já ninguém o reconhece, nem os melhores amigos, nem mesmo a própria noiva.
Segue tristemente o seu caminho enquanto as lágrimas correm-lhe pela face.
No caminho da igrejinha pobre, encontra uma alquebrada velhinha.
Ele a cumprimenta com um sussurro: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!” – e nada mais.
Mas vejam! É sua própria mãe que exclama com alegria: “Meu filho!” – e abraça ternamente o viajante.
Debalde o sol ardente dos trópicos queimou-lhe o rosto; o olhar materno desde logo o identificou.
Sim, que o rosto seja queimado pelo sol, coberto pelo pó, desfigurado pelo erro e pela culpa – o amor materno advinha, vê a figura do filho mil vezes abençoada, nele crê e espera, quando os outros já não reconhecem o esquálido viajante!