

E. G. White, comenta:
Sua mãe era mulher verdadeiramente piedosa, e na infância estivera ele sujeito às impressões religiosas. No entanto, ao atingir o limiar da vida adulta, foi levado a associar-se com os deístas, cuja influência foi tanto mais acentuada pelo fato de serem na maioria bons cidadãos, e homens de disposições humanitárias e benevolentes... Pela associação com esses homens Miller foi levado a adotar seus sentimentos...
Mas com a idade de trinta e quatro anos, o Espírito Santo impressionou-lhe o coração com a intuição de seu estado pecaminoso. Não encontrou em sua crença anterior certeza alguma de felicidade além-túmulo. O futuro era negro e tétrico...
Neste estado continuou durante alguns meses. "Subitamente" diz ele, "gravou-se-me ao vivo no espírito o caráter de um Salvador. Pareceu-me que bem poderia existir um Ser tão bom e compassivo que por nossas transgressões fizesse expiação, livrando-nos, destarte, de sofrer a pena do pecado. Compreendi desde logo quão amável esse Ente deveria ser, e imaginei poder lançar-me aos Seus braços, confiando em Sua misericórdia. Mas surgiu a questão: Como se pode provar a existência desse Ser? Afora a Bíblia, achei que não poderia obter prova da existência de semelhante Salvador, nem sequer de uma existência futura...
"Vi que a Escritura Sagrada apresentava precisamente um Salvador como o que necessitava; ... Fui constrangido a admitir que as Escrituras devem ser uma revelação de Deus. Tornaram-se elas meu deleite; e em Jesus encontrei um amigo. O Salvador tornou-Se para mim o primeiro entre dez mil; e as Escrituras, que antes eram obscuras e contraditórias, tornaram-se agora a lâmpada para meus pés e luz para meu caminho. Meu espírito tranqüilizou-se e ficou satisfeito. Achei que o Senhor Deus é uma Rocha em meio do oceano da vida. A Bíblia tornou-se então o meu estudo principal e, posso em verdade dizer, pesquisava-a com grande deleite... -- O Grande Conflito, págs. 317,318.