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Em uma pesquisa recente feita por piscólogos da Escola de Medicina de Yale, Universidade de Nova Iorque e Universidade Fordham, o comportamento arriscado dos adolescentes foi ligado não ao gosto pelo risco, mas à ignorância dos resultados.
Quando compreendem a situação em que se encontram e o quanto arriscada ela é, adolescentes sentem tanta aversão ao risco quanto pessoas adultas, ou até mais, uma descoberta que aponta para uma nova possibilidade de comunicação com esta faixa etária, oferecendo informações e estatísticas ou treinamento que permita que eles aprendam sobre os riscos de uma forma segura.
Mas quando os riscos não são bem compreendidos, os adolescentes se mostraram muito mais tolerantes à ambiguidade, o que faz bastante sentido biologicamente falando: organismos jovens devem estar abertos ao desconhecido para obter informação sobre seu mundo.
Para testar esta hipótese, os cientistas fizeram uma experiência em multiestágios, onde os participantes tinham que fazer uma série de decisões financeiras. Em cada rodada, eles tinham que escolher entre um retorno garantido de 5 dólares (cerca de R$ 10) ou uma loteria arriscada e outra ambígua, que poderiam tanto não dar nada, quanto poderiam pagar várias vezes o retorno garantido.
Em cada rodada, os participantes eram informados do quanto eles poderiam ganhar na loteria – $5, $8, $20, $50 e $125. Também eram informados das probabilidades exatas de ganhar na loteria – 13%, 25%, 38%, 50% e 75%. Nas rodadas de loteria ambígua, as probabilidades de ganhar não eram informadas de forma precisa.
O resultado surpreendente foi que os adolescentes estavam menos inclinados a arriscar na loteria que os adultos – eles tinham mais aversão aos riscos quando esses eram bem compreendidos. Mas estavam mais dispostos a aceitar a loteria ambígua, e escolhiam situações financeiramente perigosas quando não tinham informações sobre o risco exato.
Como disseram os pesquisadores, não era que os adolescentes escolhiam comportamentos arriscados, mas sim que eles estavam dispostos a apostar quando não tinham informações completas.
O recado foi dado: pais e responsáveis por adolescentes devem conversar com eles, e explicar os riscos e consequências dos comportamentos que eles podem tomar. Um adolescente bem informado pode ser mais sensato que muito adulto por aí.
Fonte: HypeScience