
O terceiro dia de atividades do 1º Simpósio de Música da América do Sul começou com uma mensagem apresentada pelo irmão Pr. Sandro Ribeiro que falou sobre "A música como expressão da alma".
Às 8:30, a irmã Barbara Monteiro apresentou uma palestra intitulada "Conceito e história da música sacra". Fez uma retrospectiva da música dos tempos da criação do Universo pelo nosso Deus até a música que os salvos cantarão pelas eternidades sem fim em louvor e adoração ao Grende Deus.
Nesta palestra também foi abordado sobre características da boa música que produz vida, inspira obediência a Deus e bondade, onde a melodia predomina sobre a harmonia e o ritmo é quase imperceptível (esta ordem é inversa em músicas que nos incitam à carnalidade). Falou-se acerca dos efeitos psicológicos e físicos das músicas e como isto pode nos levar para mais perto de Deus ou afastar-nos dele.
Em seguida tivemos bela audição musical com um conjunto da Bolívia.
A palestra seguinte foi apresentada pelo irmão Marcos Pedrazas e tinha por título "Crítica a música cristã contemporânea (MCC)". Após breve histórico sobre a entrada de estilos musicais profanos nas igrejas fez-se breve análise acerca dos princípios que regem a música cristã contemporânea (princípios estes que regem a música profana que adentrou as igrejas cristãs portanto e que não devem ser usados para pautar nossas escolhas musicais) conforme segue:
Princípios da MCC
1. A música é moralmente neutra, não é certa ou errada, não tem significado espiritual ou moral.
Crítica: Esta premissa não é verdadeira pois estudos científicos provado o contrário. O efeito da música sobre nosso ser nos influencia a fazer escolhas para o bem ou para o mal. A indústria de audiovisual tem explorado de maneira muito a seu favor.
O guitarrista, cantor e compositor norte-americano Jimi Hendrix declarou certa vez: “você pode hipnotizar as pessoas e quando chegarem ao seu ponto mais fraco você pode pregar para seus subconscientes o que você quiser”.
2. A música é uma forma de linguagem, ou seja, apenas um veículo, portanto não pode ser classificada como boa ou má.
Crítica: Como forma de linguagem o que é expresso através das músicas tem base filosófica. Portanto, podem sim ser classificadas em boas ou más conforme as suas bases filosóficas.
3. A bíblia não fala de estilos musicais, então todos são permitidos. O homem é livre para combinar os sons e ritmos com a criatividade que Deus lhes deu.
Crítica: O cântico é uma manifestação artística, criativa para expressar o que Deus faz na vida do crente. O homem nem sempre utiliza bem a sua liberdade criativa. A bíblia não traz regras diretas sobre todos os assuntos. Mas através de profunda pesquisa bíblica poderemos ver qual é a vontade de Deus para Seu povo.
4. A finalidade principal da música no culto é levar o público a uma experiência de êxtase.
Crítica: Culto verdadeiro têm as emoções sob domínio da razão. A adoração fundamenta-se na fé nas promessas de Deus. Paulo nos apresenta em Romanos 2:1 que nosso culto deve ser racional, pautado pela razão.
5. A escolha da música de adoração deve ser determinada pela cultura local.
Crítica: A bíblia diz que a conversão era acompanhada de renuncias de determinados costumes locais. A cultura é baseada em valores do seu povo, que nem sempre se baseam em princípios morais elevado, mas na carnalidade e isto influencia a música também.
Através desta crítica à MCC podemos perceber que a mesma não deve basear nossas escolhas musicais.
Após passeio pela cidade de Cochabamba tivemos a conferência pública a noite com a irmã Barbara Monteiro que falou sobre "O contraste da música no culto verdadeiro e no culto falso", no qual reafirmou o que foi estudado durante o dia.