

4ª Lição: A criação
Embora muitas pessoas tentem forçar uma concordância entre a ciência e a Bíblia a respeito da criação, afirmando que o livro do Gênesis é somente um mito — as evidências físicas e metafísicas a nossa volta nos dizem que Deus é o Criador de tudo que existe.
Esta lição procura responder, entre outras, as seguintes perguntas: Como, quando, por quê e para quê Deus criou o Universo? Quais foram as criações de Deus? Que é o homem? Por que existe? Que importância tem o sétimo dia dentro da semana criativa?
COMO SURGIU O UNIVERSO
Texto para memorizar: Gênesis 1:1.
Como surgiu o Universo? De que se originaram os céus e a Terra? Como vieram a existir o Sol, a Lua e as estrelas? É a primeira pergunta que nos ocorre quando contemplamos o mundo fervilhante de vida à nossa volta ou quando, com o auxílio de um telescópio, se descortina ante nossos olhos a imensidão de mundos que se estendem tenuamente pelos imensuráveis espaços interestelares e intergalácticos.
A ciência tem procurado responder esta pergunta fundamental, de muitos modos, aventando teorias, hipóteses e especulações. Atualmente a teoria mais aceita para explicar a formação do Universo por parte é a teoria evolucionária ou teoria da big-bang (grande explosão), proposta pelo matemático russo Aleksander Friedman. Segundo ela, em certo momento finito do passado, a massa, a densidade energética e a temperatura do Universo eram extremamente altas e estavam concentradas num espaço relativamente pequeno, e que num instante “zero” do tempo, o Universo explodiu, iniciando sua expansão.
Acontece que o Universo não pode ter surgido do nada. Os cientistas reconhecem esse fato. Na realidade, ante a incerteza que caracteriza suas pesquisas, sentem-se incapazes. Como se pronunciou uma moderníssima e respeitada enciclopédia: “No estado atual dos conhecimentos, é impossível descobrir a origem e formação do Universo.... Na verdade, todos os astrônomos estão conscientes dos seus limites e consideram as teorias que defendem somente como uma hipótese de trabalho, tendo em vista a procura de uma solução. Se o Universo é limitado ou ilimitado, é, no momento, uma questão sem resposta. Entretanto, pode-se afirmar que ele evolui e as galáxias parecem afastar-se. Tudo indica que o Universo está em expansão, mas ignora-se o início dessa expansão e qual será o seu fim.” (Enciclopédia Internacional Mira dor, vol. 20, verbete “Universo”) (1987).
DEUS É O CRIADOR DO UNIVERSO
O descobridor da Lei da Gravitação Universal, Sir Isaac Newton, era um cientista que ficava profundamente impressionado com a ordem e a perfeição existente no Universo.
Conta-se que certa vez Newton incumbiu um mecânico muito habilidoso de lhe construir uma réplica do Sistema Solar. Esferas, representando os planetas, foram engrenadas de modo a se locomoverem realisticamente em órbitas. Um dia, Newton foi visitado por um amigo ateu. Vendo a maquete em funcionamento, exclamou admirado: “Quem fez isso?” Newton respondeu:
“Ninguém.” O ateu replicou, espantado: “Como ninguém?! Não sou nenhum tolo! Naturalmente alguém o construiu, e devo confessar que este é um gênio.” Newton, aproveitando o ensejo, disse para seu amigo:
“Esta coisa é somente uma imitação grosseira de um sistema muito mais grandioso, cujas leis você conhece; e eu não consigo convencê-lo de que este mero brinquedo não foi projetado nem construído por alguém; no entanto, você professa crer que o grandioso original, de que copiei o desenho, veio a existir por acaso, sem projeto e sem Projetista!” O amigo de Newton foi forçado a reconhecer que o grande Projetista e Criador de todas as coisas é Deus.
A Bíblia confirma este fato, quando diz que foi Deus Quem criou as estrelas, planetas, asteróides, meteoros, cometas, satélites, sóis, galáxias, poeira cósmica; enfim o próprio Universo. Precisamente como fez isso, não o sabemos porque Ele jamais o revelou ao homem, e a ciência não pode desvendar o segredo. O poder criador de Deus é tão incompreensível como Sua existência.
“Unicamente por meio da fé é que nossa mente aceita o fato de que todo complexo de tempo e espaço foi criado pela autoridade de Deus, de modo que o mundo que vemos veio a existir por princípios que são invisíveis.” Hebreus 11:2. (J. B. Philips, The New Testament in Modern English).
O UNIVERSO
O primeiro verso da Bíblia diz: Bereshth bara’ Elohim eth hashshamayin veeth haarets, “No princípio criou Deus a substância dos céus (espaço sideral) e a substância da Terra”, isto é, Deus criou num princípio muito remoto a matéria prima do Universo. Não se sabe precisamente quando aconteceu. Mas sabemos que em passos sucessivos Deus arranjou tudo de maneira muito ordenada. Primeiro formou o Universo, isto é, o conjunto de matéria e energia existentes no espaço-tempo, e isto incluía “todos os exércitos dos céus.” (Deuteronômio 4:19; Isaías 13:10; 1 Coríntios 15:40, 41; Hebreus 11:12). Depois distribuiu as estrelas em sistemas, aglomerando bilhões delas em galáxias, ou sistemas estelares. Pôs nome em cada estrela, colocou-as em movimento e estabeleceu leis físicas para regê-las (Salmos 145:4, 5; Isaías 40:26). Muitas dessas leis são o objeto de estudo da moderna astrofísica.
Até hoje os movimentos dos bilhões de estrelas e planetas são tão regulares que se pode calcular com anos de antecedência sua posição, com exatidão perfeita. Eles se movem no Universo, segundo as leis e os princípios da matemática. P. Dirac, professor de matemática na Universidade de Cambridge, Inglaterra, escreveu na revista Scientific American: “Talvez se possa descrever a situação por dizer-se que Deus é matemático de nível muitíssimo elevado e que Ele usou matemática muito avançada para construir o Universo.”
É digno de nota também que o verbo hebraico usado por Moisés para descrever o ato criador de Deus é ‘bara’ “criar do nada”. O homem do nada tira nada, mas Deus do nada tirou tudo. Só Ele tem tal poder. (Salmos 33:9; Hebreus 11:3). De fato só Ele criou, pois tudo o que o homem faz é apenas modificar o que já existe. O cientista francês Antoine Laurent de Lavoisier, considerado o pai da química moderna, reconheceu o fato, ao formular a Lei da Conservação da Matéria, segundo a qual “na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”
O RELATO BÍBLICO
Pouca coisa sabemos sobre a maneira pela qual o Universo foi criado. Sobre o nosso mundo, porém, podemos conhecer muitas verdades contidas no Livro de Deus. Seu primeiro livro, Gênesis, cujo significado é “origens”, descreve detalhadamente como se formou a Terra e os seus arredores. A simplicidade de seu relato contrasta de modo frontal com as fantasiosas, extravagantes e complexas cosmogonias de todas as religiões pagãs. Mesmo assim, como diz o professor L. T. More, por muitos anos deão da Escola de Ciência da Universidade de Cincinnati, e a maior autoridade em lsaac Newton de nossa geração: “A despeito dos séculos de especulações, não temos avançado um passo sequer além da majestosa descrição da criação... conforme registrada no livro de Gênesis.” É unicamente a Palavra de Deus que nos fornece o autêntico relato da criação do mundo.
A narrativa bíblica não admite longas eras em que a Terra vagarosamente evoluiu do caos. Deus a criou em seis dias, produzindo em cada dia uma origem ou geração. A palavra dia aí deve ser entendida como a empregamos atualmente, e que, portanto, significa um período literal de 24 horas. Portanto Deus levou exatamente uma semana de 6 dias, na obra de criação da Terra e seus habitantes. Dias estes causados pela rotação da Terra em seu eixo, exatamente como dia e noite ocorrem atualmente.
O PLANETA TERRA
Havendo Deus planejado criar um ser físico à Sua imagem e semelhança, decidiu fazer o homem. A primeira providência a ser tomada era preparar-lhe um lar. Para tanto designou entre os bilhões de galáxias que existem no Universo um lugar apropriado para o habitat humano. Entre as constelações de Sagitário, Escorpião e Perseu, à altura de Gêmeos e Orion, encontra-se a nossa Via - Láctea, uma esteira brilhante e espiralada; e dentre os seus 40 bilhões de sóis, escolheu um sistema solar pequeno, com apenas nove planetas. Um dos quatro menores foi preparado para a morada do homem.
A descrição que a Bíblia fornece dessa habitação não nos pareceria tão promissora: “A Terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo.” Gênesis 1:2. Semelhantemente a todos os outros planetas sólidos, o planeta escolhido era um caos, uma confusão de matéria primitiva não ordenada, uma mistura informe de rochas, moléculas congeladas, partículas de pó, gases, umidade, energia e outros elementos. Mas não convinha que permanecesse assim. “Deus formou a Terra, não a criando para ser um caos, mas para ser habitada.” Isaías 45:18.
Pai, Filho e Espírito Santo puseram-Se a realizar a grandiosa obra que haviam esquematizado. Nesta disposição, aprouve a Deus criar o mundo terrestre, assim como criara o Universo, por meio de Seu Filho. No dizer de Phillip Schaff: “O Filho foi a causa instrumental, o Pai a causa eficiente.” Diz a Escritura: “Porque nEle (Filho) foram criadas todas as coisas nos céus e na Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, e nEle subsistem todas as coisas.” Colossenses 1:16, 17.
ATIVIDADES CRIATIVAS
O capítulo primeiro e segundo de Gênesis fornecem um esboço das atividades criativas desenvolvidas por Deus, que “fez a Terra pelo Seu poder; estabeleceu o mundo por Sua sabedoria e com a Sua inteligência estendeu os céus.” Jeremias 10:12.
Genesis 1:3—5. No primeiro dia houve a difusão da luz. Nenhum artífice trabalha nas trevas, por isso, qual um desenhista que focaliza a luminária sobre a prancheta, Deus projetou a luz que dEle mesmo promanava e, fazendo-a brilhar sobre a Terra, dissipando as “trevas da face do abismo”, houve tarde e manhã o primeiro dia. A luz, do ponto de vista biológico, é condição essencial de vida para o planeta, visto ser graças ao processo de fotossíntese, as plantas clorofiladas produziriam alimento para si próprias e para todo o conjunto de seres heterótrofos, inclusive o homem.
Gênesis 1:6-8. No segundo dia houve a separação de águas e águas. As águas superiores serviram como um filtro de proteção para a Terra contra radiações prejudiciais vindas do espaço; as águas inferiores (talvez vapor d’água, quem sabe) continuaram sendo uma mistura desordenada. E apareceu entre as águas inferiores e superiores o firmamento ou atmosfera, isto é, a camada de ar que envolve a Terra. Deus cuidou para que a atmosfera apresentasse uma composição adequada às nossas necessidades; misturou os gases na proporção exata, adequada à manutenção da vida.
Gênesis 1:9-13. No terceiro dia houve separação entre a terra e os oceanos (vapor liquefeito); a vida vegetal aparece. Deus ajuntou as águas inferiores num só lugar, então apareceu a terra seca. Essas três partes (atmosfera, litosfera e hidrosfera constituem o globo terrestre, planeta em que a terra e a água se acham conjugadas na mais equilibrada proporção: 3/4 de superfície de água para 1/4 de terra). Modelaram-se as montanhas, colinas e planícies, escavaram-se os rios, lagos e mares, numa distribuição perfeita. O ar era puro e saudável, em virtude do admirável sistema de trocas gasosas idealizado por Deus. A terra começou a produzir exuberantes vegetais, matizadas flores, altaneiras árvores, relva, bosques, florestas. Pouco a pouco o planeta disforme ia-se enfeitando de vida. Deus estava formando a parte viva do planeta: a biosfera. Deus achou por bem colocar no reino vegetal (bem como a seguir no reino animal) uma função biológica chamada reprodução. Por meio dela os seres vivos podiam perpetuar-se pela geração. Estabeleceu ainda na genética vegetal (bem como a seguir na genética animal) a lei da fixidez das espécies. Por esta lei entende-se que cada ser, ao reproduzir-se, só pode dar origem a outro ser dotado de características idênticas às suas. Isto significa que se você deseja colher arroz, terá necessariamente de plantar sementes de arroz. Esse é um golpe esmagador e corta pela raiz as pretensões do evolucionismo. Deus criou cada ser vivo “segundo a sua espécie”, esta é toda a verdade. E jamais se encontrou um fóssil sequer que demonstre a transição de uma espécie para outra.
Gênesis 1:14-19. No quarto dia o Sol, a Lua e as estrelas se tornaram discerníveis. Até então a luz que brilhara sobre a Terra e desenvolvera o ciclo dia-noite era a luz de Deus; a partir do quarto dia, porém, o Sol derrama seus raios sobre a Terra, diretamente durante o dia, e indiretamente durante a noite. Assim a Lua, brilha pelo reflexo do Sol; o próprio Sol recebe luz da Fonte original, que é Cristo (Lucas 2:32; João 1:4, 5, 9; 8:12; 2 Coríntios 4:6; 2 Pedro 1:19). Além de produzirem luz, outra função desses luminares seria servir de referencial na contagem do tempo (dia, semana, mês, ano), estações sazonais e sinais para os propósitos da agricultura.
Gênesis 1:20-23. No quinto dia surge a vida animal: aves, peixes e outros seres marinhos. Deus mesmo os criou pelo poder de Sua palavra. A vida, como se apresenta na Terra, não é o resultado de uma reação em cadeia, que, partindo da síntese das proteínas e dos ácidos nucléicos, formou os organismos vivos conforme hipótese postulada pelo bioquímico russo Aleksandr Ivanovitch Oparin (1894). Também não resulta do hipotético transporte para a Terra de germes, chamados cosmozoários, que teriam provindo do espaço sideral, por meio de meteoritos. Deus é o responsável pela vida neste planeta.
Uma evidência de que foi Deus Quem criou a vida animal está no fato de as coisas vivas serem constituídas exatamente dos mesmos átomos (carbono, oxigênio, hidrogênio, enxofre etc.) que constituem o solo. (Gênesis 2:19).
Gênesis 1:24-31. No sexto dia Deus continuou criando os animais: répteis, mamíferos e animais selvagens e domésticos. Entre esses havia animais enormes, répteis colossais, que conforme descobertas arqueológicas mediam aproximadamente onze metros de altura por trinta e cinco de comprimento, e que por ocasião do Dilúvio, cerca de mil e quinhentos anos depois, foram soterrados e se fossilizaram. Em nossos dias foram encontrados na Ásia Central ovos fósseis desses animais chamados dinossauros, de vinte e cinco centímetros, com todas as fases do desenvolvimento embrionário. Estas descobertas constituem uma das evidências de que o relato da criação é verídico.
E “ainda que haja na Natureza certa individualidade e variedade, existe unidade nessa variação; pois todas as coisas recebem sua utilidade e beleza da mesma origem. O grande Artista — o Artista Mestre — escreve Seu nome em todas as obras de Sua criação, desde o mais alto cedro do Líbano ao hissopo em um muro. Todos eles declaram a obra de Suas mãos, desde as altaneiras montanhas e o grande oceano à menor das conchas na praia do mar.” (EGW, The Southern Wcitcharnn, 17/12/1907).
Como o pecado não tinha entrado no planeta Terra, todos os animais e vegetais criados coabitavam em perfeita harmonia. Nenhum deles era destruidor, feroz ou nocivo. Não devoravam um ao outro; pelo contrário, o alimento que Deus determinara a todos era simplesmente “ervas verdes”, Gênesis 1:30. Não havia predatismo ou qualquer outro tipo de relação ecológica desarmônica.
A CRIAÇÃO DO HOMEM
Finalmente chegara o momento de vir à existência a forma mais elevada de vida terrestre. Ainda no sexto dia, Deus prosseguiu dizendo: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se arrasta sobre a terra.” Gênesis 1:26. Do pó da terra, modelou Deus o homem, soprou em suas narinas o hálito vital e o homem se tornou um ser vivente. Pôs-lhe o nome de Adão, que na língua dos hebreus, quer dizer “nascido da terra”. Muitos filólogos vêem também na palavra homem uma alusão ao termo latino humus, “terra”.
O material de que é construído nosso corpo evidencia tacitamente a verdade acima exposta. Dos aproximadamente 107 elementos químicos existentes na Natureza, diversos fazem parte do nosso corpo. Numa provisão inteligente, os únicos minerais úteis ao organismo humano, foram nele incluídos pela Natureza.
Uma vez que as Escrituras esboçam a história do homem desde a criação do primeiro casal humano, não pode haver tal coisa como o “homem pré-histórico”. “Os fósseis da terra não fornecem nenhum elo entre o homem e os animais. Daí, também, há total ausência de referência a quaisquer sub-humanos nos registros mais antigos do homem, sejam documentos escritos, sejam desenhos em cavernas, esculturas ou coisas semelhantes. As Escrituras deixam bem claro o oposto, que o homem foi criado perfeito, um filho de Deus, e que degenerou.” (Aid to Bible Understanding, p. 1100). O homem não evoluiu do estado selvagem para um estado superior. Isso não passa de um plano astucioso forjado por Satanás para fazer com que os homens se esqueçam de sua verdadeira origem, não atribuindo assim a Cristo o mérito da criação e manutenção do Universo.
Outro ensino errôneo muito difundido é que Adão e Eva eram pessoas fictícias. Isso não corresponde à realidade. Adão e Eva eram pessoas reais, tão reais que deles descendemos todos nós os que compomos a grande família humana (Atos 17:26), muito embora a humanidade toda se diversifique em muitas raças.
POR QUE DEUS CRIOU O HOMEM?
“Deus criou o homem para Sua própria glória, para que depois da prova, a família humana pudesse chegar a ser uma com a família celestial, se se mostrasse obediente a cada palavra.” (E.G.W., Bible Comments, vol. 1, p. 1082.).
Como coroa da criação de Deus, Adão devia reinar sob re a Terra e povoá-la (Gênesis 1:28; lsaías 45:8). Todos os animais foram feitos para servi-lo, e foi o próprio Adão quem nomeou cada criatura. Ao realizar esse trabalho, ele percebeu uma coisa: todos os outros seres animados tinham uma companheira, exceto ele próprio. Deus compreendeu isso, viu que o homem precisava de alguém para amar, por isso resolveu dar-lhe alguém que fosse osso dos seus ossos e carne da sua carne. (Gênesis 2:19-23).
Fez Adão cair num profundo sono; então, numa cirurgia perfeita, tirou-lhe uma costela e fechou a carne em’ seu lugar; e da costela formou uma pessoa semelhante a Adão, soprou-lhe o fôlego de vida, formando a mulher. Chamou-a Eva, que, em hebraico, quer dizer “mãe de todos os viventes.” Adão ficou tão feliz com Eva, tão satisfeito, que exclamou: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.” Gênesis 2:23. Deus celebrou o primeiro casamento da história humana. E como presente de casamento deu-lhes um lugar paradisíaco para morarem: “Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do Oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado.” Gênesis 2:8.
“Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não deveria dominar, como cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele.” (EGW, Patriarcas e Profetas, p. 29)
MEMORIAL DA CRIAÇÃO
A criação agora estava completa, ao fim da primeira semana da história deste planeta. “Assim foram acabados os céus e a Terra, com todo o seu exército. Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra que criara e fizera.” Gênesis 2:1-3.
Assim como uma placa comemorativa celebra um feito humano ou fato histórico importante, o sétimo dia, que é o sábado, passou a ser um vívido memorial da obra criadora de Deus. Era plano divino que no ciclo semanal, toda vez que Adão e seus descendentes, seguindo o exemplo do Criador, parassem com sua obra e repousassem de todos os cuidados e ansiedades dos seis dias, o sábado os fizesse lembrar com gratidão e reconhecimento, que todos nós somos filhos de Deus, súditos sob Sua autoridade, “feituras Suas” e somente nEle “vivem os, e nos movemos, e existimos.” Efésios 2:10; Atos 17:28 (Cf. Êxodo 20:8-11).
RECAPITULAÇÃO
1 A ciência não conseguiu resolver satisfatoriamente o problema da origem do Universo e do homem.
2. Pela ciência da fé a mente humana aceita o fato de que Deus é o Criador de todas as coisas.
3. Num passado muito remoto Deus criou o Universo, com suas estrelas, planetas, sistemas solares etc.
4. A Bíblia conta como Deus criou nosso mundo no seu primeiro livro, Gênesis.
5. Deus efetuou a criação do nosso mundo em seis dias literais, e não em bilhões de anos.
6. As atividades criativas de Deus em ordem, são:
primeiro dia — Difusão da luz (Gênesis 1:3-5).
segundo dia — Separação de águas e águas (Gênesis 1:6-8).
terceiro dia — Separação entre a terra e os oceanos. Vida vegetal (Gênesis 1:9-13).
quarto dia — Aparecimento do Sol, da Lua e das estrelas (Gênesis 1:14-19).
quinto dia — Criação da vida animal aquática e aérea (Gênesis 1:20-23).
sexto-dia — Criação dos animais terrestres e do homem (Gênesis 1:24-31).
7. O homem e a mulher são uma criação especial de Deus. Foram feitos à Sua imagem e semelhança. do pó da terra. São seres reais e deles descendem todas as raças que hoje existem sobre a Terra.
8. O sétimo dia semanal — que é o Sábado — é o memorial da criação. Nele devemos cessar nossas atividades, seguindo o exemplo de Deus.