

Além de saber identificar nossa essência e o que realmente nos importa, precisamos entender como usar isso de guia para as nossas escolhas, tanto na hora de se vestir, como também na hora de comprar. Ninguém usa qualquer coisa. Por mais automáticas que sejam nossas escolhas diárias, elas ainda são escolhas. Então precisamos pensar nelas com carinho. Escolher o que usar ou comprar de forma consciente e assertiva exige em primeiro lugar conhecimento: De você mesma e do seu estilo de vida, para só então entender o que precisa à partir do que você já tem.
Ontem já conversamos sobre como o seu nível de conhecimento sobre você mesmo interfere no seu estilo pessoal. Hoje então vamos falar sobre relacionar isso com a parte mais prática de se vestir, ou seja, o seu guarda-roupa. E a questão aqui não é sobre ter muitas ou poucas peças, mas de saber se ele funciona para você e para o seu estilo de vida. Afinal, costumamos ter um guarda-roupa para uma vida que não temos.
Às vezes temos muitas roupas para uma ocasião e poucas roupas para outras, o que acaba desgastando um dos lados e criando um sentimento de estar sempre vestindo o mesmo - e isso não é nada legal para a autoestima. Portanto, entender a estrutura do guarda-roupa que você realmente precisa é fundamental na hora de definir onde precisa investir e o que precisa se desfazer. Um exercício legal para isso é pensar nas principais atividades que você se dedica e quanto tempo usa para cada uma delas, e depois verificar se as roupas para essas atividades são suficientes ou não. Também é legal dar uma revisada naquelas peças que estão encostadas e pensar no que falta para você começar a usá-las. E pronto, com esses exercícios tenho certeza que já vai começar a ter uma ideia bem mais clara do que precisa e depois é só lembrar de sempre atualizar essa “gaveta”. Afinal, nosso guarda-roupa também precisa evoluir junto com a gente, não é mesmo?
Tudo isso ajuda a guiar nossas escolhas na hora de comprar, para não comprar o que é desnecessário ou que não tem a ver com a gente, com aquilo que pregamos. Mas vão existir vezes em que vamos nos apaixonar por algo que não está na nossa lista de “necessidades”, e não tem problema, na verdade até acho que deveríamos só usar aquilo que somos apaixonadas. A vida precisa de “encantamento” sabe? É muito bom se olhar no espelho e encontrar alguém linda, usando algo que está amando. E desde que isso não leve à vaidade ou ao consumo exagerado, está tudo bem, certo?! Porque afinal, a questão não é a roupa em si, mas estar pronta - e sentindo-se bem - para viver essa vida incrível que Deus nos deu. Então por que não fazer isso da melhor maneira possível? “As mulheres cristãs não se devem dar a trabalhos para se tornarem objeto de ridículo por vestir diferentemente do mundo. Mas, se seguindo suas convicções de dever a respeito do vestir modesta e saudavelmente, elas se acham fora da moda, não devem mudar de vestuário a fim de ser semelhantes ao mundo; porém manifestar nobre independência e coragem moral para ser corretas, ainda que o mundo inteiro delas difira. Caso o mundo introduza um modo de vestir decente, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia, não muda nossa relação para com Deus ou para com o mundo adotar tal estilo de vestuário. As mulheres cristãs devem seguir a Cristo e fazer seus vestidos em conformidade com a Palavra de Deus. Devem evitar os extremos. Devem elas adotar humildemente uma conduta reta, apegando-se ao direito por ser direito, sem se preocupar com aplausos ou censuras.” Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja 1, 2000, pág 458.
Ah, e por falar nisso, consumir algo conscientemente também significa prezar pela qualidade das peças e boa manutenção delas, e isso a longo prazo faz toda a diferença. Espero que tenha gostado da nossa reflexão de hoje e que te ajude a fazer escolhas que façam mais sentido para você.
Juliana Mendes
São Paulo/SP