Um namoro que dá certo
- Quando: 06/06
- Em: Datas Especiais
Palestra para ser apresentada no dia 9 de junho de 2018 em todas as igrejas do Brasil.
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INTRODUÇÃO
“Com quem será? Vai depender, Com quem será? Vai depender, Com quem será que (fulana) vai casar? Vai depender se (sicrano) vai querer! A música infantil cantada em festas de aniversários já revela parte da curiosidade que cerca questões de casamento desde cedo da vida”. ‘O Namoro e o Noivado que Deus Sempre Quis’ pág. 129
O FUNDAMENTO
O casamento e a família foram instituídos e ordenados por Deus antes mesmo que o pecado entrasse no mundo. “Depois o SENHOR disse: —Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade” Gn 2:18. A origem do casamento não foi acidental, nem foi ele iniciado pelo homem, mas estabelecido e criado por Deus para o cumprimento de Seu propósito eterno. Com quem irei me casar? Quem será a pessoa que Deus preparou para mim? É normal que essas e outras perguntas invada os pensamentos dos nossos jovens. Perguntas estas que causam preocupação aos pais, haja vista, com o pai da fé Abraão em relação ao seu filho Isaque: “
Abraão já estava bem velho, e o SENHOR Deus o havia abençoado em tudo. Um dia ele chamou o seu empregado mais antigo, que tomava conta de tudo o que ele tinha, e disse: —Ponha a mão por baixo da minha coxa e faça um juramento. Jure pelo SENHOR, o Deus do céu e da terra, que você não deixará que o meu filho Isaque case com nenhuma mulher deste país de Canaã, onde estou morando. Vá até a minha terra e escolha no meio dos meus parentes uma esposa para Isaque. O empregado perguntou: —E o que é que eu faço se a moça não quiser vir comigo? Devo levar o seu filho de volta para a terra de onde o senhor veio? Abraão respondeu: —Não! Não faça o meu filho voltar para lá, de jeito nenhum! O SENHOR, o Deus do céu, me tirou da casa do meu pai e da terra dos meus parentes e jurou que daria esta terra aos meus descendentes. Ele vai enviar o seu Anjo para guiá-lo, e assim você conseguirá arranjar uma mulher para o meu filho. Se a moça não quiser vir, você ficará livre deste juramento. Porém não leve o meu filho de volta para lá, de jeito nenhum”. Gn 24:1-8 NTLH
“Nos tempos antigos, os contratos de casamento eram geralmente feitos pelos pais; e este era o costume entre os que adoravam a Deus. De ninguém se exigia casar com aquele a quem não podia amar; mas na concessão de suas afeições o jovem era guiado pelo discernimento de seus pais experientes e tementes a Deus. Era considerado uma desonra para os pais, e mesmo crime, seguir caminho contrário a este. Isaque, confiando na sabedoria e afeição de seu pai, estava satisfeito com a entrega desta questão a ele, crendo também que o próprio Deus dirigiria na escolha a fazer-se”. PP 171
“Era Abraão já idoso. Agora ele estava com cerca de cento e quarenta anos de vida, exibindo sinais de declínio físico. Viveria mais trinta e cinco anos (ver Gên 25.7). Sara já tinha morrido, e ele era o único responsável por Isaque. Isaque aproximava-se dos quarenta anos de idade, e era chegado o tempo de casar-se”. O Antigo Testamento interpretado por Russell Norman Champlin, Ph. D.
Vivemos dias em que os fundamentos do casamento estão sendo destruídos pelo uso de material de construção de péssima qualidade muito antes de chegar ao altar matrimonial, e as vezes tratamos a questão do casamento na vida da igreja e na família de forma muito leviana, e não com a seriedade que merece. O casamento é um assunto extremamente sério porque envolve os interesses de Deus, do futuro do casal e daqueles que os cercam. E nesse sentido a palavra de Deus pergunta: “Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo? ” Sl 11:3. O primeiro passo é resgatar princípios de pureza, dependência de Deus para o cultivo de relacionamentos sólidos, verdadeiros e transparentes. Nessa ordem são indispensáveis alguns critérios para a escolha acertada do (a) companheiro (a).
1º - TENHA HUMILDADE PARA PEDIR CONSELHO
“Quem pensa que pode vencer na vida sozinho vai fracassar totalmente; quem procura ajuda e pede conselhos será bem-sucedido”. Pv 15:22 Quem sai à guerra precisa de orientação, e com muitos conselheiros se obtém a vitória. Pv 24:6 “Ninguém é bom juiz em causa própria”, diz a sabedoria popular, e esse provérbio é mais verdadeiro ainda quando se trata de julgar sobre uma das mais importantes decisões da vida, a escolha do cônjuge. Começar certo é a base para um final feliz. Então, pedir conselhos a quem?
A - A Deus. Então orou: "SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, dá-me neste dia bom êxito e seja bondoso com o meu senhor Abraão”. Gn 24:12 Apesar das instruções de Abraão e do zelo de Eliezer, a missão poderia dar errado. É muito difícil escolher uma pessoa, pois o ser humano é passível de engano. Por isso, Eliezer, dependia totalmente de Deus. Ele não confiava em sua própria sabedoria.
“Importantes resultados, não somente para a casa de seu senhor, mas para as gerações futuras, poderiam seguir-se da escolha que ele fizesse; e como deveria ele sabiamente escolher entre pessoas completamente estranhas? Lembrando-se das palavras de Abraão, de que Deus enviaria com ele o Seu anjo, orou fervorosamente pedindo uma direção positiva”. PP 172
B – Aos pais. "Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe" Provérbios 6:20. Incluir os pais em uma das decisões mais importantes de sua vida não apenas os honra, mas também será de grande benefício para você. Saiba que Deus nos guia e orienta, através deles. Na Bíblia, observamos que os pais frequentemente aconselhavam os seus filhos na escolha de seus parceiros. Em alguns casos, os filhos já eram adultos, mas ainda respeitavam a orientação dos pais. (veja Gênesis 24:3-4; 28:6; 34:4-6). Os pais normalmente tem muito a oferecer, porque já passaram pelas fases do namoro, do noivado e do casamento.
C – Aos líderes espirituais. “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês”. Hb 13:17
“Que contraste entre o procedimento de Isaque e o que é praticado pelos jovens de nossos tempos, mesmo entre os professos cristãos! Os jovens mui frequentemente acham que a entrega de suas afeições é uma questão na qual o eu apenas deveria ser consultado, questão esta, que nem Deus nem os pais de qualquer modo deveriam dirigir. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres feitos, julgam-se competentes para fazerem sua escolha, sem o auxílio de seus pais. Alguns anos de vida conjugal são usualmente bastantes para mostrar-lhes seu erro, mas muitas vezes demasiado tarde para impedir seus resultados funestos. Pela mesma falta de prudência e domínio próprio que determinaram a escolha precipitada, dá-se ocasião a que o mal se agrave, até que a relação matrimonial se torne um jugo mortificante. Muitos assim fizeram naufragar sua felicidade nesta vida, e sua esperança da vida por vir”. PP 175
2º - TENHA CORAGEM PARA DIZER “NÃO” AO JUGO DESIGUAL
“O empregado perguntou: —E o que é que eu faço se a moça não quiser vir comigo? Devo levar o seu filho de volta para a terra de onde o senhor veio? Abraão respondeu: —Não! Não faça o meu filho voltar para lá, de jeito nenhum!”. Gn 24:5-6 A resposta de Abraão foi simples, pronta, direta e sem direito a argumentação. Isaque precisava se casar com uma serva de Deus. A união com uma mulher cananéia seria uma situação de jugo desigual. O resultado seria um lar dividido, com dificuldades na orientação dos filhos, e outros problemas diversos e imprevisíveis. Muito tempo depois, males desse tipo foram experimentados por Esaú (Gn 26.34-35; 27.46; 28.1-2.) e Judá (Gn 38.1-10). Abraão poderia ter dito: “Isaque, escolha uma mulher cananéia. Nós vamos ‘evangelizá-la’. Ela se converterá e o seu lar será uma bênção. Vamos fazer isso pela fé, meu filho”. Nada disso. O patriarca não confundia imprudência com fé. Evitar o problema é melhor do que planejar soluções. “No espírito de Abraão, a escolha de uma esposa para seu filho era assunto de muita importância; estava desejoso de que ele se casasse com uma que não o afastasse de Deus”. PP 171
"[No namoro] os filhos de Deus não devem nunca se aventurar a pisar terreno proibido. O casamento entre crentes e incrédulos é proibido por Deus. Mas muitas das vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos, e formam-se casamentos não sancionados por Deus. Por causa disso muitos homens e mulheres estão sem esperança e sem Deus no mundo” FEC 500.
Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?”. II Cor 6:14
3º - TENHA UM PROPÓSITO FIRME DE GLORIFICAR A DEUS
“Por isso, temos o propósito de lhe agradar, quer estejamos no corpo, quer o deixemos”. 2 Cor 5:9
Muitos jovens iniciam o namoro sem propósito algum, muitas vezes por pressão ou carência, e nesse caso namoram por lazer, que pode ser resumido em: mais intimidade e menos compromisso. Muita curtição e nenhuma responsabilidade. Um namoro que não tem por objetivo a glória de Deus e o casamento, não existe motivo para sua existência. Não estamos dizendo que devesse iniciar um namoro com a data do casamento marcada. Não. Mas deve-se ter no coração o propósito do casamento, pois se forem guiados por tal propósito, tudo o que se fizer nessa jornada será orientado e direcionado por ele.
“Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral”. PP 46
“Oh! Pudessem os jovens apreciar o alto destino a que são chamados! Ponderai bem as veredas de vossos pés. Começai vossa obra com elevado e santo propósito e estai decididos, mediante o poder da graça divina, a não vos desviardes do caminho da retidão. Se começardes a ir em direção errada, cada passo será cheio de perigo e desastre, e continuareis a afastar-vos da verdade, da segurança e do êxito”. MJ 22 “Um propósito resoluto, santificado pela graça de Cristo, fará maravilhas”. Testimonies, vol. 5, 403.
“Isaque foi altamente honrado por Deus, sendo feito herdeiro das promessas pelas quais o mundo deveria ser bendito; entretanto, aos quarenta anos de idade, sujeitou-se ao ensino de seu pai ao designar seu servo experimentado e temente a Deus, a fim de escolher-lhe uma esposa. E o resultado daquele casamento, conforme é apresentado nas Escrituras, é um quadro terno e belo, de felicidade doméstica: E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim, Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe." Gên. 24:67. PP 175
CONCLUSÃO
“Certa tarde, saiu ao campo para meditar. Ao erguer os olhos, viu que se aproximavam camelos. Rebeca também ergueu os olhos e viu Isaque”. Gn 24:63-64 O encontro de Isaque e Rebeca se deu após um momento de meditação no campo, de oração. Isaque era um homem de oração. Ele buscava a Deus para saber quem era a resposta correta para ser sua mulher. E veio Rebeca. Os dois se conheceram e se uniram em amor. “Isaque levou Rebeca para a tenda de sua mãe Sara; fez dela sua mulher, e a amou; assim Isaque foi consolado após a morte de sua mãe”. Gn 24:67 Deus dará a você um cônjuge que tenha disposição para servir, para trabalhar com objetivo e que saiba ouvir a voz de Deus. Você será a resposta de Deus para alguém, se ainda não é casado. Se já tiver constituído família, o Pai, que o ama, irá ajudá-lo a ter um casamento ajustado.
Esse assunto de casamento deve ser um estudo, em vez de uma questão de impulso. Review and Herald, 2 de fevereiro de 1886.
Que nosso bondoso Deus abençoe nossa querida juventude e que a mesma tome decisões acertadas para “Casamentos e lares felizes”. O Lar Adventista, pág. 99.
Pr. Antonio Deiblan - Departamental de jovens da União Norte Brasileira
Pr. Felipe Sousa- Departamental de jovens da União Sul Brasileira