Estudos revelam que pessoas sofrem de comportamentos psicológicos por acessarem Facebook e observarem contrastes de realidade.
P ura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe, aquele mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade conseguiu o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade estampada na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para viajar. Ocotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que você. Pobrecito…
Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que acessa o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e Nicholas Edge, da Universidade Utah Valley, conversaram com 425 estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas, e se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam com expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm uma vida melhor que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um tinha no Facebook e quanto tempo passava online – a média foi de 5 horas por semana.
E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda mais quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do Facebook.
A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no Facebook. É só alegria – mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho uma furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos a sua vida, real e completa, com dias bons e ruins.
Eu, hein.
Fonte: Superinteressante.