

Vivemos nos derradeiros dias, quando a mania do assunto matrimonial constitui um dos sinais da breve vinda de Cristo. Deus não é consultado nessas questões. A religião, o dever e os princípios são sacrificados a fim de satisfazer os impulsos do coração não consagrado. Não deve haver grande ostentação e regozijo sobre a união dos nubentes. Não há um casamento em cem que resulte em felicidade, tenha a aprovação de Deus e coloque os cônjuges em condições de melhor O glorificarem. Inúmeras são as más consequências de maus casamentos. São contraídos por impulso. Mal se pensa em obter uma visão sincera do assunto, e a consulta com as pessoas de experiência é considerada coisa antiquada.
Impulso e paixão profana, eis o que ocupa o lugar do amor puro. Muitos põem em risco a própria alma, e trazem sobre si a maldição de Deus por entrarem nas relações conjugais unicamente para satisfazer o capricho. [...] pessoas que professam a verdade [...] cometeram grande erro casandose com incrédulos. Foi por eles nutrida a esperança de que a parte não crente haveria de abraçar a verdade. Mas uma vez que essa parte conseguiu o objetivo, a pessoa fica mais afastada da verdade do que antes. Começa então as sutis atuações, os contínuos esforços do inimigo para desviar da fé o crente. [...]
Alega-se por vezes que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos de cada dez, triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido e vão sendo derribadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. – Testemunhos para a igreja, vol 4, pp. 503-505.
Centenas de pessoas têm sacrificado Cristo e o Céu em consequência de haverem desposado um inconverso. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo sejam de tão pouco valor para eles, que prefiram a companhia de pobres mortais? – Ibidem, p. 507.