

“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.
Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” Romanos 5:18 e 19.
No quarto capítulo, concluímos que a salvação é uma impossibilidade humana. A quebrantada lei de Deus reclamava a morte do transgressor, que não podia fazer expiação por si mesmo. Apenas um Ser igual a Deus, assumindo a natureza física do homem caído, poderia reconciliá-lo com Deus. Somente Cristo podia representar Deus, perfeitamente, diante do homem e, igualmente de modo perfeito, podia representar este diante de Deus. Somente Ele podia redimir a humanidade caída. Um anjo, cuja vida não serviria para pagar a dívida do homem para com a lei, não poderia ser seu representante perfeito.
“Em todo o Universo não havia senão um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer as reivindicações [da lei]. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo, poderia redimir da maldição da lei o homem decaído e levá-lo, novamente, à harmonia com o Céu. Cristo tomaria sobre Si a culpa e a ignomínia do pecado – pecado tão ofensivo para um Deus santo, que deveria fazer separação entre o Pai e o Filho. Cristo atingiria as profundezas da miséria para libertar a raça que fora arruinada.” Patriarcas e Profetas, pág. 63.
Este Representante perfeito de Deus e do homem é o Senhor Jesus Cristo. Neste capítulo, consideraremos Sua obra mavarilhosa em nosso favor: a obra da redenção.
OBEDIÊNCIA PERFEITA DE CRISTO POR NÓS
“No início do grande conflito, Satanás declarara que a lei de Deus não podia ser obedecida, que a justiça era incompatível com a misericórdia e que, fosse a lei violada, impossível seria ao pecador ser perdoado. Cada pecado devia receber seu castigo, argumentava Satanás. Se Deus abrandasse o castigo do pecado, não seria Deus de verdade e justiça. Quando o homem transgrediu a lei de Deus e Lhe desprezou a vontade, Satanás exultou, declarando que estava provado: a lei não podia ser obedecida, o homem não podia ser perdoado.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 761.
Quando o homem transgrediu a lei divina, Satanás pensou que tinha argumento poderoso contra os princípios sagrados do caráter de Deus. Eis seu argumento:
1. Deus fizera uma lei que não podia ser obedecida, por isso o homem se tornara transgressor. Se Deus perdoasse ao homem, não seria Deus de justiça.
2. Se Deus destruísse o homem, não seria Deus de misericórdia.
Assim, Satanás tentou denegrir o caráter de Deus diante dos anjos e dos habitantes dos mundos não caídos.
O Céu, entretanto, já havia traçado o plano da salvação por meio do qual o homem podia ser perdoado e salvo do abismo em que se encontrava. Esse plano não invalidaria os princípios da lei de Deus, mas tornaria de nenhum efeito os argumentos de Satanás.
Diante de todo o Universo, vindicaria a glória e a beleza do caráter de Deus.
“O plano da redenção, porém, tinha propósito ainda mais amplo e profundo que a salvação do homem. Não foi apenas para isto que Cristo veio à Terra. Não foi simplesmente para que os habitantes deste pequeno mundo pudessem considerar a lei de Deus como devia ser considerada. Foi para reivindicar o caráter de Deus perante o Universo.” Patriarcas e Profetas, pág. 68.
Satanás, que bem conhecia esse propósito duplo do plano da salvação, não poupou esforços para conduzir o Filho de Deus ao pecado. “Quando Jesus veio ao Mundo, o poder de Satanás voltouse contra Ele. Desde o tempo em que aqui apareceu, como a Criancinha de Belém, o usurpador manobrou para promover Sua destruição. Por todos os meios possíveis, procurou impedir que Jesus desenvolvesse infância perfeita, imaculada varonilidade e realizasse ministério santo e sacrifício irrepreensível. Foi derrotado, porém. Não pôde levar Jesus a pecar.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 759.
“Tivesse sido encontrado um só pecado em Cristo, tivesse Ele, num pormenor que fosse, cedido a Satanás para escapar à horrível tortura, o inimigo de Deus e do homem teria triunfado.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 761.
Grande responsabilidade repousava sobre o Filho de Deus! Seja considerada a força das tentações que pesavam sobre Ele! Damos graças a Deus por Sua vitória. Sua obediência perfeita derrotou Satanás.
“Por meio de Jesus, a misericórdia divina foi manifesta aos homens. A misericórdia, no entanto, não pôs de parte a justiça. A lei revela os atributos do caráter de Deus. Para ir ao encontro do homem em seu estado caído, nem um jota ou til da lei podia ser mudado. Deus não mudou Sua lei, mas, em Cristo, sacrificou-Se a Si mesmo para redenção do homem. ‘Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo’. 2 Coríntios 5:19.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 762.
Maravilhoso é o plano da salvação: A quebrantada lei de Deus demandava a morte do transgressor, que poderia ser perdoado somente se um Substituto perfeito rendesse obediência completa à lei, suportasse em seu lugar a culpa e a condenação. Damos Graças a Deus por Jesus, nosso perfeito e maravilhoso Substituto!
Sete séculos antes, o profeta Isaías tinha predito acerca da perfeita obediência substitutiva de Cristo: “Foi do agrado do Senhor, por amor da sua própria justiça, engrandecer a lei e fazê-la gloriosa.” Isaías 42:21. E o Senhor Jesus declarou: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra.”
Mateus 5:17 e 18.
Se, por um lado, os pregadores evangélicos enfatizam a morte de Cristo, por outro, se esquecem de valorizar Sua vida de perfeita obediência à lei de Deus. Quando mencionamos “a justiça de Cristo”, falamos a respeito de Sua obediência perfeita à lei, conforme o conceito bíblico de justiça, que é perfeita harmonia com os mandamentos de Deus. Salmos 119:172.
Se reconhecemos que a condição imutável de vida eterna é obediência perfeita à lei de Deus, e que a única base da nossa aceitação diante de Deus é a justiça imputada de Cristo, sem dúvida precisamos admitir que somos aceitos por Deus somente com base na perfeita obediência de Cristo em nosso lugar. Não teria valor nenhum a morte dEle se, em vida, Ele não tivesse alcançado vitória completa sobre o pecado. Visto que Ele morreu em nosso lugar, precisamos reconhecer Sua vida de 33 anos foi de perfeita obediência em nosso favor, como nosso Substituto e Exemplo. Portanto, somos salvos por Sua vida, tanto quanto somos salvos por Sua morte. Enquanto por Sua morte somos resgatados de nossa culpa, Sua vida nos dá a certeza do direito à vida eterna. Eis algumas referências inspiradas que confirmam esta preciosa verdade:
“Esse santo Substituto é capaz de salvar perfeitamente, pois, em Seu caráter humano, Ele apresentou, ao maravilhoso Universo, perfeita e completa humildade, e perfeita obediência a todas as reivindicações de Deus.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 256.
“Por Sua obediência a todos os mandamentos de Deus, Cristo operou a redenção do homem. Não fez isso transferindo-Se para outro, mas tomando sobre Si a humanidade.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 250 e 251.
“Que Cristo foi obediente até à morte na cruz é uma garantia da aceitação do pecador penitente, pelo Pai.” Fé e Obras, pág. 107.
“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” Romanos 5:18 e 19.
“A fé do homem em Cristo, como o Messias, não devia estar baseada em evidências da visão, para que se cresse nEle em virtude de seus atrativos pessoais, mas devido à excelência de Seu caráter, que jamais houvera existido em alguém nem jamais haveria de existir.” Spiritual Gifts, vol. 2, pág. 39.
Este é o motivo pelo qual “a obediência do homem só pode ser aperfeiçoada pelo incenso da justiça de Cristo, o qual enche com a fragrância divina cada ato de obediência.” Atos dos Apóstolos, pág. 532.
Como é possível que muitos sejam justificados pela justiça de um só (Cristo)? Isto se tornou possível somente pela obediência substitutiva de Cristo em lugar da desobediência do homem. Eis exatamente o que Cristo fez em nosso favor. Em nosso lugar, ele rendeu obediência perfeita à lei, no mesmo nível em que essa obediência foi requerida de Adão como condição para a vida eterna. Assim, aceitamos, pela fé, que a obediência perfeita de Cristo (justiça imputada) seja nossa, pois Jesus a oferece gratuitamente aos que nEle crêem.
“Toda alma pode dizer: ‘Por Sua obediência perfeita, Ele satisfez os reclamos da lei. Minha única esperança está em olhar para Ele como meu Substituto e penhor, que por mim obedeceu perfeitamente à lei. Pela fé em Seus méritos, estou livre da condenação da lei. Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas as exigências da lei. Sou completo nAquele que introduz a justiça eterna. Ele me apresenta a Deus sob vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido por nenhum instrumento humano.
Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra e majestade devem ser dadas ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 396.
De acordo com a Palavra de Deus, se por um lado nos tornamos pecadores “pela desobediência de um” (Adão), por outro lado nos tornamos justos “pela obediência de Um” (Cristo). Este conhecimento e esta crença eliminam para sempre o erro fatal de confiarmos em nossa obediência como tendo algum mérito para salvação.
SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO POR NÓS
A obediência perfeita e perpétua de Cristo desmascarou o argumento de Satanás e vindicou o caráter de Deus diante do Universo, provando que Sua lei pode ser obedecida. Por outro lado, além da obediência de Cristo, para fazer expiação pela culpa e condenação que pesa sobre o homem caído, foi necessária a Tua morte para confirmá-Lo como o Único capaz de realizar a expiação.
“A vida inteira [de Cristo] foi um prefácio de Sua morte na cruz. Seu caráter foi o de uma vida de obediência a todos os mandamentos de Deus. Teria que servir de exemplo para todos os homens da Terra. Sua vida consistiu em viver a lei na humanidade.
Adão havia violado essa lei. Cristo, porém, mediante Sua perfeita obediência à lei, redimiu o ignominioso fracasso e a queda de Adão.” Fundamentos da Educação Cristã, pág. 382.
Nas cerimônias típicas, o cordeiro imaculado, tinha de morrer para expiar a culpa do transgressor. O culpado precisava confessar o pecado sobre o cordeiro, sacrificá-lo e reclamar os méritos do seu sangue. Por meio desse sistema, Deus desejava ensinar ao Seu povo que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecado” (Hebreus 9:22). Semelhantemente, além da obediência perfeita de Cristo Sua morte era essencial para expiar a culpa do transgressor. Foi necessário que sobre Ele repousasse a culpa e a condenação de toda a humanidade e, com o próprio sangue, Ele pagasse o elevado preço exigido pela lei.
Comparando o antigo sistema sacrifical com a obra de expiação realizada por Cristo, Paulo escreveu:
“É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto, os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma. Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” Hebreus 9:9-12.
O profeta messiânico escreveu com respeito ao sacrifício de Cristo: “Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados. odos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de Sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi Ele ferido. Designaram-Lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em Sua boca.
“ Todavia, ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar; quando der Ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a Sua posteridade e prolongará os Seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas Suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito; o Meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento,
justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre Si. Por isso, Eu Lhe darei muitos como a Sua parte, e com os poderosos repartirá Ele o despojo, porquanto derramou a Sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre Si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.” Isaías 53:4-12.
“Tão logo houve pecado, houve um Salvador. Cristo sabia que teria que sofrer e, contudo, tornou-Se o Substituto do homem. Tão logo Adão pecou, o Filho de Deus Se apresentou como Fiador para a humanidade, com tanto poder para desviar a maldição pronunciada sobre o culpado como quando morreu sobre a cruz do Calvário.” Review and Herald, 12 de março de 1901.
“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu há Seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:6-8.
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.” 2 Coríntios 5:14.
“Sabendo isto: que foi crucificado com Ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” Romanos 6: 6, 7 e 11.
“O amor de Deus tem sido demonstrado tanto em Sua justiça como em Sua misericórdia. A justiça é o fundamento de Seu trono e fruto de Seu amor. O desígnio de Satanás era divorciar a misericórdia da verdade e da justiça. Tentou provar que a justiça da lei divina é inimiga da paz. Cristo, porém, mostrou que, no plano divino, elas estão indissoluvelmente unidas. Uma não pode existir sem a outra. ‘A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram’ .” Salmos 85:10.
“Por Sua vida e morte, Cristo provou que a justiça divina não destrói a misericórdia, mas que o pecado pode ser perdoado, e que a lei é justa, sendo pos“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então, vós também sereis manifestados com Ele, em glória.” Colossenses 3:3 e 4.
“Cristo sentiu muito semelhantemente ao que os pecadores hão de sentir quando os cálices da ira de Deus forem derramados sobre eles. Trevas de desespero, como um manto, se tornarão densas em torno de sua alma culpada. Então, hão de avaliar na plenitude de sua extensão, a malignidade do pecado. A salvação lhes foi comprada pelo sofrimento e morte do Filho de Deus. Ela lhes pertenceria, caso a aceitassem voluntária e alegremente. Ninguém, entretanto, é obrigado a prestar obediência à lei de Deus. Se eles recusam o benefício celeste e preferem os prazeres e engano do pecado, têm sua escolha. Ao fim, recebem o salário que lhes pertence, que é a ira de Deus e a morte eterna.” Testimonies, vol. 2, pág. 210.
SUBSTITUIÇÃO MARAVILHOSA E ESPANTOSA
“A lei requer justiça: vida justa, caráter perfeito. Isso o homem não tem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Cristo, entretanto, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes Ele oferece como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 762.
“A condição de vida eterna é, hoje justamente a mesma que sempre foi, exatamente a mesma do paraíso, antes da queda de nossos primeiros pais: perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça...”
“Antes da queda, era possível a Adão formar caráter justo pela obediência à lei de Deus, mas deixou de o fazer. Devido ao seu pecado, nossa natureza se encontra decaída. Não podemos nos tornar justos. Visto que somos pecaminosos, profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa. Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual possamos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na Terra em meio a provas e tentações, como as que sobrevêm a nós. Viveu sem pecado. Morreu por nós e, agora, Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Se vos entregardes a Ele e O aceitardes
como vosso Salvador, por mais pecaminosa que tenha sido vossa vida, sereis considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá vosso caráter. Sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado.” Steps to Christ, pág. 62.
Notai que as duas últimas citações resumem todo o assunto que temos apresentado até agora. É maravilhosa a provisão feita pelo Céu a fim de resgatar o homem do abismo onde se encontra. Analisemos esta preciosa verdade:
1. Hoje, a condição para a vida eterna é a mesma exigida de nossos primeiros pais antes da queda: Obediência perfeita à lei de Deus, justiça perfeita.
2. Antes da queda, Adão poderia obedecer perfeitamente a lei de Deus, mas escolheu deixar de obedecê-la.
3. Em virtude do pecado de Adão, herdamos natureza pecaminosa, poluída, que nos separa de Deus e nos impede de render obediência perfeita à Sua santa lei.
4. Cristo providenciou para nós um maravilhoso meio de escape. Como? Ele viveu na Terra trinta e três anos de obediência perfeita,satisfazendo plenamente a condição de vida eterna. Pela fé, podemos reclamar Sua obediência, Seu caráter perfeito como nossos.
5. Ele não apenas viveu sem pecado, mas tomou sobre Si nossos pecados e morreu na cruz como se fosse Ele o maior pecador.
6. Por meio de Sua vida de obediência perfeita e por Sua morte na cruz, Ele nos oferece redenção como uma dádiva. Cabe a nós aceitá-Lo como nosso Salvador.
7. Quando O aceitamos, Deus olha para nós como se jamais tivéssemos pecado. Este é caminho único para nossa justificação.
“Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei, mas é incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo. O Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do é aceita em lugar do fracasso do homem. Deus recebe, perdoa, justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. É assim que a fé é imputada como justiça. A alma fracasso do homem. Deus recebe, perdoa, justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. É assim que a fé é imputada como justiça. A alma perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior.
Pode dizer, alegremente: ‘Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna’. Tito 3:5-9. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 367.
É fácil compreender como Deus justifica o pecador. O que necessitamos é ter fé (que também é dom de Deus). Pela fé, sobre nós é estendida a provisão feita para nossa salvação. (2 Coríntios 5:21).
“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertência. ‘Pelas Suas pisaduras fomos sarados’. Isaías 53:5. ” O Desejado de Todas as Nações, pág. 25.
Que substituição maravilhosa! Cristo toma de nós:
1. Pecados;
2. Tendências pecaminosas;
3. Ansiedades e sofrimentos;
4. Culpa e condenação; e
5. Morte eterna.
Em troca, Ele nos oferece gratuitamente:
a. Perdão (somos libertos da culpa e da condenação);
b. Participação de Sua natureza divina;
c. Sua justiça (Seu caráter imaculado torna-se nosso e somos habilitados a viver vida santa);
d. Paz e felicidade no Espírito Santo (Romanos 14:17); e
e. Finalmente, vida eterna.
“Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nEle não pereça, mas tenha a vida eterna... O que crê no Filho, tem a vida eterna; o que, porém, não crê no Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” João 3:16 e 36. (Matos Soares) Ao analisarmos, da perspectiva divina, o grande plano da salvação, exclamaremos: Que substituição maravilhosa! Diante de tão magnífico meio de escape, haveremos de nos rebelar contra Deus e rejeitar Seu Filho?
SUMÁRIO
“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” Romanos 5:18 e 19.
“Toda alma pode dizer: ‘Por Sua obediência perfeita, Ele satisfez os reclamos da lei. Minha única esperança está em olhar para Ele como meu substituto e penhor, que obedeceu perfeitamente à lei por mim. Pela fé em Seus méritos, estou livre da condenação da lei. Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas as exigências da lei. Sou completo nAquele que introduz a justiça eterna. Ele me apresenta a Deus nas vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido por nenhum instrumento humano. Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra e majestade devem ser dados ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 396.
“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a Seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5: 6-8.
“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele
pertência. ‘Pelas Suas pisaduras fomos sarados’. Isaías 53:5. Desejado de Todas as Nações, pág. 25.
“Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei, mas é incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Por meio desta, ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo. O Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem. Deus recebe, perdoa, justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. É assim que a fé é imputada como justiça. A alma perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 367.
O conceito bíblico de substituição segue o princípio da representação em que a ação de um (Representante) é considerada a ação de todos (os representados). Como segundo Adão Cristo colocou-Se como cabeça e representante da raça humana. Assim sendo, a obediência e a morte de Cristo é considerada justiça e morte de todos os homens (2 Coríntios 5:14). Desse modo, poderia ser dito que obedecemos a lei em Cristo, e morremos em Cristo. Esta é a unica base legal de nossa redenção. Fora disso, a expiação seria ilegal (Deuteronômio 24:16).