

Felicidade
- Em: Família
- Por: Redação CrescerMais
Felicidade
Provérbios 29: 18 – “Não havendo profecia o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é feliz.”
A palavra felicidade vem do latim “felicitas”, que, por sua vez, deriva do latim antigo “felix”, que significa fértil, frutuoso, fecundo. “Estado de perfeita satisfação íntima” – Laurousse Cultual.
Os filósofos gregos entendiam que a felicidade é o “objetivo supremo da vida” e que a “filosofia era um conhecimento superior [...] que indica como viver para ser feliz”.
“O filósofo se reconhecia como aquele que buscava, praticava e ensinava um método, um caminho para a felicidade.”
“Fontes” da felicidade
• Bens matérias e riquezas – dinheiro e fortuna sempre foram muito cobiçados.
• Status social, poder e glória (Mateus 4: 8-9) – para adquirir chega-se a praticar grandes delitos.
• Prazeres: gastronômicos e sensuais (Isaías 22: 13) – estão na ordem do dia, e a eles se acrescenta o uso de entorpecentes.
• Saúde (3 João 2) – a ela se dá grande valor, mas poucos realmente a conservam.
• Amizade (provérbios 18: 24)
A opinião dos filósofos
Os estudiosos da antiguidade apresentavam essas cinco “fontes” da felicidade e julgava-se que na ausência de uma delas a pessoa seria infeliz. Acontece que muitas pessoas usufruem de todas elas e ainda assim não são felizes. O que falta acrescentar a essa receita ou melhor, essas são as verdadeiras fontes da felicidade? Se perguntássemos para Platão ele resumiria a felicidade como sendo “o resultado final de uma vida dedicada a um conhecimento progressivo até se atingir a ideia do bem.” Aristóteles sintetizaria sua resposta dizendo que “a felicidade seria uma vida dedicada à contemplação teórica, aliada à prática das outras virtudes humanas e sustentadas pelo bem estar material e social”. Já Epicuro recomendaria o caminho do prazer.
O que diz a Bíblia
E se perguntássemos para Salomão, o mais excelente em sabedoria, que resposta teríamos? Naturalmente, nos recomendaria adquirir a sabedoria com o argumento de que ser sábio se resume dentro do contexto Bíblico, a temer a Deus e guardar os seus mandamentos. E com ele concorda os patriarcas e profetas, discípulos e apóstolos, pois todos, em uníssono entendiam que “o que guarda a lei este é feliz”. A que lei devo guardar para ser feliz? A lei de Deus. E o que manda a lei? A lei manda amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Então, quer dizer que a felicidade é fruto do amor? Basicamente sim, pois o amor é a essência da vida que emana de Deus e flui para todas as Suas criaturas. E de que modo eu posso demonstrar amor supremo a Deus e amor altruísta ao meu próximo? Primeiro é necessário ter conhecimento da lei, pois é a lei que ensina a multiplicidade do amor e como manifestá-lo. A lei são dez princípios morais básicos, sendo que os quatro primeiros revelam nosso dever para com Deus na obediência dos quais, demonstramos amá-lO. Os seis últimos revelam nosso dever para com nosso próximo e, cumprindo-os, demonstramos-lhe amor.
Vou tentar exemplificar com apenas um exemplo. O sétimo mandamento visa promover e sustentar a felicidade dos que contraíram núpcias. A felicidade do casal se impõe pela fidelidade do homem à mulher e da mulher ao homem. Por isto o mandamento diz: “não adulterarás”. Se esta regra áurea for espezinhada no matrimônio, que casal poderá viver em paz e feliz?
O que leva um homem e uma mulher a unir suas vidas em um contrato vitalício? No atual cenário podemos dizer que muitos motivos podem culminar em um casamento, mas, sem duvida, o amor sempre foi e sempre será o mais nobre. Então, permitam-me apresentar mais um texto importantíssimo. “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor”. Romanos 13: 10. O mal da traição não existe em uma família que foi unida por amor, e o amor que os uniu preserva sua felicidade.
Farei uma reflexão sob um prisma diferente. Existem muitos e muitos casos de casais em que houve a traição de uma das partes e esta foi cuidadosamente ocultada. O cônjuge traído não tem a mínima suspeita de que seu consorte o (a) traiu e vive feliz ao lado de seu/sua companheiro (a), pois o/a ama. A pergunta que faço é a seguinte: o traidor (a) pode viver feliz e com paz de espírito mesmo com a torpe ou ímpia lembrança de sua traição? A Bíblia responde: “Os ímpios, diz o meu Deus, não têm paz.” Isaías 57: 21. Quem não tem paz pode ser feliz? Absolutamente não.
O mandamento de Deus é amplíssimo e ampla será a felicidade de quem o observa, pois “muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço.” Salmos 119: 165.
Assim temos claramente exposta a verdadeira fonte da felicidade: uma vida de obediência a Deus.
Salmos 119: 1-2 – “Bem aventurados (ou felizes) os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor. Bem aventurados os que guardam os seus testemunhos, e o buscam de todo o coração.”
Salmos 128: 1 – “Bem aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.”
Salmos 112: 1 – [...] “Bem aventurado o homem que teme ao Senhor, que em Seus mandamentos tem grande prazer.”
Jesus apresenta oito características das pessoas felizes:
Mateus 5: 3-10 – “Bem aventurados os ...
• Pobres de espíritos, porque deles é o reino dos Céus.
• Que choram, porque eles serão consolados.
• Mansos, porque eles herdaram a terra.
• Que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.
• Misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
• Limpos de coração, porque eles verão a Deus.
• Pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
• Que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Lucas 11: 27-28 – “E aconteceu que, dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, e Lhe disse: Bem aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas Ele disse: Antes bem aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam”.
Apocalipse 1: 3 – “Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”.
Conclusão
A filosofia apresenta suas fontes da felicidade que se resume no materialismo e nos prazeres carnais. Platão acrescenta a importância do conhecimento que leva a bondade e por fim a felicidade. Aristóteles concorda com Platão e acrescenta a praticas das virtudes sustentadas pelo bem estar material e social. Epicoro fala dos prazeres.
Por sua vez a Bíblia apresenta a felicidade como sendo o fruto da obediência a Deus e resume tudo nas seguintes palavras de Salomão: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem.” Eclesiastes 12: 12. E acrescenta: “o que guarda a lei esse é feliz”. Provérbios 29: 18.
Bibliografia
Cotrim, Gilberto; Fernandes, Mirna. Fundamentos da filosofia -1. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2010.
Autor: Otávio Leandro de Souza