A tragédia do natal de 1400 d. C. e perseguições nos anos seguintes
- Em: História
- Por: Pasquale Lemmo
A Tragédia do Natal do Ano, 1. 400 d. C
J. A. WYLIE, COMENTA
- Os últimos dias do ano 1. 400 testemunharam uma terrível tragédia, cuja memória não foi obliterada e que foi repetida de pais para filhos.
A cena desta catástrofe foi o vale de Pragela, um dos mais elevados de Perosa, que se abre perto de Pinerolo, e é regado pelo rio Clusone. Era Natal do ano 1. 400, e os habitantes não imaginavam nenhum ataque, crendo que estavam suficientemente protegidos pela neve que era espessa na região. Contudo estavam destinados a a experimentar a amarga realidade que a estação rigorosa do inverno não apagou a malícia de seus perseguidores. Borelli, à frente de uma tropa armada, repentinamente irrompeu em Pragelas, com a intenção planejada de exterminar toda a sua população.
Os miseráveis habitantes fugiram apressados para as montanhas, levando nos ombros seus homens idosos, seus doentes, suas crianças, sabendo do destino que os esperava se os deixassem para trás:
1. Na fuga um grande número deles foram alcançados pelos perseguidores e mortos.
2. A noite trouxe-lhes libertação dos perseguidores, mas nenhum livramento dos horrores.
3. A companhia principal dos fugitivos vagueava em direção a Marel, no clima úmido e cheio de neve de São Martino, agora transformado em lodo e neve, onde eles se acamparam no cume, que desde então, em memória do evento, tem sido chamado Albergue ou Refúgio.
4. Sem abrigo e alimentos, e rodeados pela neve, os céus do inverno sobre a cabeça, seus sofrimentos foram sensivelmente grandes.
Quando irrompeu a manhã que doloroso espetáculo foi visto!
1. Alguns do miserável grupo haviam perdido suas mãos e pés congelados.
2. Enquanto que outros eram removidos da neve com os corpos congelados; 50 crianças, outros afirmam serem 80, foram encontradas mortas congeladas, e outras nos braços congelados de suas mães que morreram naquela terrível noite junto com seus filhos. -Histoire Generale des Egleses Evangeliques des Valles de Piemont, ou Vaudoise. Per Jean Leger, p. 6,7. Monastier, págs. 123,124
3. No vale de Pragela, até este dia os pais contam aos filhos a narrativa da tragédia do Natal daquele ano
PANORAMA DOS ANOS 1. 400 - 1. 487
O Século que se abriu de maneira tão dolorosa, prosseguiu em meio às contínuas perseguições e execuções dos valdenses. Embora não havendo tais catástrofes como aquela que ocorreu no Natal de 1. 400, muitos valdenses foram mortos pelos inquisidores, que sempre estavam no encalço deles, ou sempre que os vaudois (valdenses) se aventuravam a descer para a planície do Piemonte, eram presos e levados para Torino e outras cidades e queimados vivos.
Mas Roma se apercebeu que não tinha êxito e não fazia progressos em exterminar uma heresia que tinha sua sede naqueles montes, e era tão firme quanto antiga.
1. O número dos valdenses não diminuía.
2. Sua constância não era abalada, eles ainda se recusavam a submeter-se à igreja de Roma; enfrentavam todos os editos e inquisidores; todas as torturas e fogueira do grande perseguidor, com uma resistência tão inabalável como as suas rochas diante das tempestades de pedra e neve que os redemoinhos do inverno provocavam.