

JOVENS VALDENSES - EXEMPLO DOS JOVENS QUE INGRESSAM NAS UNIVERSIDADES
E. G. White, comenta:
- Conquanto os valdenses considerassem o temor do Senhor como o princípio da sabedoria,não eram cegos no tocante à importância do contato com o mundo do conhecimento dos homens e da vida ativa, para expandir o espírito e avivar as percepções. De suas escolas nas montanhas alguns dos jovens foram enviados a instituições de ensino nas cidades da França ou Itália, onde havia campo mais vasto para o estudo, pensamento e observação, do que nos Alpes nativos. Os jovens assim enviados estavam expostos à tentação, testemunhavam o vício, defrontavam-se com os astutos agentes de Satanás, que lhes queria impor as mais sutis heresias e os mais perigosos enganos. Mas sua educação desde a meninice fora de molde a prepará-los para tudo isto.
Nas escolas aonde iam, não deveriam fazer confidentes a quem quer que fosse. Suas vestes eram preparadas de maneira a ocultar seu máximo tesouro - os preciosos manuscritos das Escrituras. A estes, fruto de meses e anos de labuta, levavam consigo e, sempre que o podiam fazer sem despertar suspeita, cautelosamente punham uma porção ao alcance daqueles cujo coração parecia aberto para receber a verdade. Desde os joelhos da mãe a juventude valdense havia sido educada com este propósito em vista; compreendiam o trabalho, e fielmente o executavam. Ganhavam-se conversos à verdadeira fé nessas instituições de ensino, e freqüentemente se encontravam seus princípios a penetrar a escola toda; contudo os chefes papais não podiam pelo mais minucioso inquérito descobrir a fonte da chamada heresia corruptora. - O Grande Conflito, 67
J. A. Wylie, comenta:
- Depois de passar um certo período na Escola dos barbe, não era raro para os pobres valdenses prosseguirem seus estudos nas grandes cidades da Lombardia ou irem à Sorbonne de Paris. Ali eles viam outros costumes, estudavam outras matérias, e obtinham um horizonte mais amplo do que nos seus nativos vales. -
ESCOLA VALDENSE - Modelo de Escola Missionária
E. G. White, comenta:
- De seus pastores recebiam os jovens instrução. Conquanto se desse atenção aos ramos dos conhecimentos gerais, fazia-se da Escritura Sagrada o estudo principal. Os evangelhos de Mateus e João eram confiados à memória, juntamente com muitas das epístolas. Também se ocupavam em copiar as Escrituras. Alguns manuscritos continham a Bíblia toda, outros apenas breves excertos, a que algumas simples explicações do texto eram acrescentados por aqueles que eram capazes de comentar as Escrituras. Assim se apresentavam os tesouros da verdade durante tanto tempo ocultos pelos que procuravam exaltar-se acima de Deus.
Mediante pacientes e incansáveis labores, por vezes nas profundas cavernas da Terra, à luz de archores, eram copiadas as Escrituras Sagradas, versículo por versículo, capítulo por capítulo. Assim a obra prosseguia, resplandecendo, qual ouro puro, a vontade revelada de Deus; e quanto mais brilhante, clara e poderosa era por causa das provações que passavam por seu amor, apenas o poderiam compreender os que se achavam empenhados em obra semelhante. Anjos celestiais circundavam os fiéis obreiros. - O Grande Conflito, págs, 66,67.
Henderson comenta:
- Os valdenses multiplicavam cópias da Escritura Sagrada na língua então falada pelo povo. - The Vaudois, págs, 248,249.
Bompiani, comenta:
- A Bíblia formava a base para o culto congregacional, e as crianças eram ensinadas a memorizar e as crianças eram ensinadas a memorizar largas porções das Escrituras. - A Short History of the Italian Valdenses, pág, 2.
Muston, comenta:
- Os pastores valdenses, chamados barbes, eram uma classe erudita. Sociedades de jovens eram formadas com o objetivo de memorizar as Escrituras. Cada membro desta piedosa associação era encarregado com o dever de cuidadosamente preservar em sua memória um certo número de capítulos, e quando se reuniam em torno de seu ministro, estes jovens podiam recitar todos os capítulos do livro que seu pastor lhes havia incumbido. - The Israel of the Alpes, vol. 1. pág. 52
J. A. Wylie, comenta:
- Os jovens se assentavam aos pés dos mais piedosos e eruditos de seus barbes:
1. Usavam como livro texto as Escrituras Sagradas. Eles não somente estudavam o sagrado volume ,era-lhes também requerido memorizar e serem capazes de recitar todos os Evangelhos e Epístolas.
2. Era um dever necessário da parte dos instrutores publicar, naqueles séculos quando não era conhecida a imprensa, e quando a Palavra de Deus era rara.
3. Parte do tempo era ocupado em transcrever as Escrituras Sagradas, ou porções delas, que eles deviam distribuir quando saíssem como missionários. Foi por esse meio que as sementes da Palavra de Deus foi espalhada através de toda a Europa muito mais extensamente do que em geral se supõe.
4. Para isto uma variedade de causas contribuíram: Havia então uma impressão geral de que o fim estava próximo. As pessoas pensavam que viam os prognósticos da ruína do mundo nas desordens em que todas as coisas haviam caído. O orgulho, luxo, corrupção do clero, levou muitos leigos a buscar melhores guias que haviam tido. Muitos dos troubadores eram homens religiosos e suas vidas eram sermões. A hora de profunda e universal sonolência tinha passado. O servo contendia com seu senhor pela liberdade pessoal. As cidades faziam guerra com os castelos dos barões pela independência civis.
O Novo Testamento juntamente com porções do Antigo Testamento, surgindo nesta conjuntura em uma língua compreendida tanto na corte como no campo, na cidade como no distrito rural, - foi bem aceita por muitos, e suas verdades obtiveram uma maior promulgação do que havia ocorrido desde a publicação da Vulgata de Jerônimo