

Lição 08 Perdão
- Em: Escola Sabatina
- Por: ASDMR
Lição 8 | Sábado, 25 de novembro de 2017
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Timóteo 2:5).
O arrependimento, assim como o perdão, é dom de Deus por meio de Cristo. É através da influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado e sentimos nossa necessidade de perdão. — Fé e obras, p. 38.
Estudo adicional: The Signs of the Times, 14 de fevereiro de 1895; 29 de julho de 1913.
Domingo, 19 de novembro
1. ATRAVÉS DE CRISTO
A. O que Deus nos oferece por meio da redenção realizada por Jesus Cristo, e com que objetivo? Colossenses 1:14; Atos 26:17 e 18.
Cl 1:14 — Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados.
At 26:17 e 18 — Livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio, 18 para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em Mim.
Jesus conhece as circunstâncias de cada pessoa. Você pode dizer: Sou pecador, muito pecador. Talvez seja; mas quanto pior for, mais você precisa de Jesus. Ele não despreza nenhuma pessoa que chora, contrita [...]. Ele ordena a cada alma trêmula que tenha coragem. Perdoará abundantemente a todos os que se aproximarem dEle em busca de perdão e restauração. [...]
A pessoa que se volta para Ele em busca de refúgio, Cristo erguerá acima da acusação e da contenda das línguas. Nenhum homem ou anjo mau pode acusar essas pessoas. Cristo as une à Sua própria natureza divino-humana. — O Desejado de Todas as Nações p. 568.
O objetivo do grande Mestre é a restauração da imagem de Deus na alma. — Fundamentos da educação cristã, p. 436.
B. Que participação Cristo tem hoje no perdão dos pecadores? Hebreus 4:15; 1 Timóteo 2:5.
Hb 4:15 — Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
1Tm 2:5 — Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.
[Cristo] Se qualificou para ser não apenas o Representante da humanidade, mas seu Advogado, para que cada alma que quiser possa afirmar: “Tenho um Amigo no tribunal”. — The Review and Herald, 12 de junho de 1900.
Segunda-feira, 20 de novembro
2. O PERDÃO DE DEUS É A NOSSA JUSTIFICAÇÃO
A. O que mostra que a justificação e o perdão são a mesma coisa? Romanos 3:24 e 25.
Rm 3:24 e 25 — Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, 25 ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus.
Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa. Pela fé, o crente passa da posição de rebelde, de filho do pecado e de Satanás, para a posição de súdito leal de Cristo Jesus, não por causa de alguma bondade própria, mas porque Cristo o recebe como Seu filho por adoção. O pecador obtém o perdão de seus pecados, porque esses pecados são carregados por seu Substituto e Penhor. O Senhor fala a Seu Pai celestial, dizendo: “Este é Meu filho. Eu o liberto da condenação da morte, dando-lhe Minha apólice de seguro de vida — a vida eterna — porque tomei o seu lugar e sofri por seus pecados. Ele é mesmo Meu filho amado”. Assim o homem, perdoado e revestido das belas vestes da justiça de Cristo, se encontra irrepreensível diante de Deus.
O pecador pode errar, mas ele não é rejeitado sem misericórdia. Sua única esperança, porém, é arrependimento para com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo. O papel do Pai é perdoar nossas transgressões e pecados, porque Cristo tomou sobre Si nossa culpa e nos libertou, atribuindo-nos Sua própria justiça. Seu sacrifício cumpre totalmente as demandas da justiça. — Fé e obras, pp. 103 e 104.
B. Que consequências transformadoras estão reservadas àqueles a quem Deus perdoa? Romanos 8:28-30.
Rm 8:28-30 — E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. 29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
A obra da redenção envolve consequências difíceis para o homem conceber. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam” (1 Coríntios 2:9). Quando, atraído pelo poder de Cristo, o pecador se aproxima da cruz erguida e se prostra diante dela, ocorre uma nova criação. Um novo coração lhe é dado. Torna-se uma nova criatura em Cristo Jesus. A santidade acha que não há mais nada para exigir. Deus mesmo é “justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3:26). E “aos que justificou, a esses também glorificou” (Romanos 8:30). Grande como sejam a vergonha e a degradação causadas pelo pecado, ainda maior será a honra e a exaltação produzidas pelo amor redentor. Aos seres humanos que lutam por conformidade com a imagem divina será concedido um suprimento do tesouro celeste, uma excelência de poder, que os erguerá acima dos próprios anjos que jamais caíram. — Parábolas de Jesus, pp. 162 e 163 [itálicos do editor].
Terça-feira, 21 de novembro
3. ACEITANDO O PERDÃO DE DEUS
A. Na parábola do filho pródigo, o que podemos aprender do amor perdoador de Deus para conosco? Lucas 15:20-23.
Lc 15:20-23 — E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. 22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, 23 e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos.
Na parábola, não há insulto, nada é lançado em rosto[1] do pródigo pelo seu mau caminho. O filho sente que o passado é perdoado e esquecido, apagado para sempre. E assim Deus diz ao pecador: “Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da manhã, os seus pecados” (Isaías 44:22). “Eu perdoarei a sua iniquidade, e não Me lembrarei mais do seu pecado” (Jeremias 31:34). “Que o ímpio abandone o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois Ele dá de bom grado o Seu perdão” (Isaías 55:7). “Naqueles dias, naquela época”, declara o Senhor, “se procurará pela iniquidade de Israel, mas nada será achado, pelos pecados de Judá, mas nenhum será encontrado” (Jeremias 50:20).
Que garantia essa, da disposição de Deus em receber o pecador arrependido! — Ibidem, pp. 204 e 205.
Cristo veio a este mundo para provar a falsidade dessa afirmação [de que Deus não perdoa e o pecador está perdido], para mostrar que Deus é amor, e que como um pai tem piedade de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem. Siga o Salvador desde a manjedoura até a cruz, observe Sua vida de ministério altruísta, a agonia no jardim e a morte na cruz, e saiba que em Deus há perdão abundante. Ele odeia o pecado, mas ama o pecador com um amor que ultrapassa a compreensão. — The Review and Herald, 19 de janeiro de 1911.
B. No que devemos realmente crer a fim de sermos vencedores? Marcos 2:5.
Mc 2:5 — E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
Aqui é onde milhares erram: não creem que Jesus lhes perdoe pessoalmente, individualmente. Não tomam a Deus em Sua palavra. É privilégio de todos os que cumprem as condições saber por si mesmos que o perdão é amplamente oferecido para todo pecado. Abandone a desconfiança de que as promessas de Deus não se referem a você. Elas existem para todo pecador arrependido. Força e graça foram providenciadas por meio de Cristo, distribuídas pelos anjos ministradores a toda alma crente. Ninguém é tão pecaminoso que não possa encontrar força, pureza e justiça em Jesus, que morreu por ele. Cristo está ansioso para arrancar as roupas manchadas e poluídas pelo pecado, e vesti-lo com os trajes brancos da justiça; Ele lhe ordena viver, e não morrer. — Caminho a Cristo, pp. 52 e 53.
Quarta-feira, 22 de novembro
4. O PERDÃO HUMANO E O PERDÃO DIVINO
A. Quando um pecador é perdoado, o que ele deve fazer? Quem esse perdão deve alcançar? Lucas 11:4; Mateus 6:15.
Lc 11:4 — Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve; e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal.
Mt 6:15 — Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
Nada pode justificar alguém que se recusa a perdoar. Aquele que não é misericordioso para com os outros mostra não ser participante da graça perdoadora de Deus. [...]
É verdade que essa pessoa pode ter sido perdoada uma vez, mas seu espírito impiedoso mostra que agora rejeita o amor perdoador de Deus. Está separada de Deus e na mesma condição em que estava antes de ter sido perdoada. Negou seu arrependimento, e os pecados pesam sobre ela como se nunca tivesse se arrependido. — Parábolas de Jesus, p. 251.
[Cita-se Lucas 11:4] A pessoa que não está disposta a perdoar corta o único canal por que pode receber misericórdia de Deus. Não devemos pensar que estamos no direito de não perdoar as pessoas que nos ofenderam a menos que elas confessem seu erro. É dever delas, sem dúvida, humilhar a alma pelo arrependimento e confissão; mas devemos ter espírito de compaixão para com os que nos ofenderam, quer confessem quer não seus erros. Não importa quão cruelmente nos tenham ferido, não devemos nutrir ressentimentos, sentindo autopiedade pelos males que nos causaram; mas do modo como esperamos que Deus nos perdoe as ofensas, devemos perdoar a todos os que nos fizeram mal. — O maior discurso de Cristo, pp. 113 e 114.
B. Até que ponto devemos perdoar aqueles que nos ofenderam? Lucas 17:3 e 4.
Lc 17:3 e 4 — Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; 4 e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe.
C. Como Jesus perdoou mesmo aqueles que foram responsáveis por Sua morte? Lucas 23:34.
Lc 23:34 — E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
Jesus estava adquirindo o direito de Se tornar o Advogado dos homens na presença do Pai.
Aquela oração de Cristo por Seus inimigos abraçava o mundo inteiro. Abrangia todo pecador que já vivera ou viria a viver, desde o começo do mundo até o fim do tempo. Pesa sobre todos a culpa de crucificar o Filho de Deus. A todos é gratuitamente oferecido o perdão. — O Desejado de Todas as Nações, p. 745.
Quinta-feira, 23 de novembro
5. A ABUNDÂNCIA DO PERDÃO DIVINO
A. O que mostra que o perdão de Deus também nos recupera de uma vida pecaminosa? 1 João 1:9 (última parte).
1 Jo 1:9 (ú.p.) — [...] Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
O perdão divino não é apenas um ato judicial pelo qual Ele nos livra da condenação. Não apenas somos perdoados do pecado, mas resgatados dele. É o transbordamento de amor redentor que transforma o coração. Davi tinha a verdadeira ideia do perdão quando orou: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Salmos 51:10). E outra vez ele diz: “Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Salmos 103:12). — O maior discurso de Cristo, p. 114.
B. Como podemos saber que a graça perdoadora de Deus não apenas justifica o pecador penitente, mas também o renova para uma vida de obediência? Tito 3:3-8.
Tt 3:3-8 — Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. 4 Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os homens, 5 não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, 6 que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. 8 Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.
[Paulo] ordena a Tito instruir a igreja de que, embora deva confiar nos méritos de Cristo para a salvação, a graça divina, habitando na mente, conduzirá ao fiel cumprimento de todos os deveres da vida. — Santificação, p. 87.
Sexta-feira, 24 de novembro
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Por que só podemos obter o perdão do pecado através de Jesus? Por que foi necessário que ele participasse da nossa natureza humana decaída?
2. Como podemos encorajar os que estão desanimados e em erro?
3. De que devemos nos lembrar quando somos tentados a crer que não podemos ir a Deus depois que pecamos?
4. Como devemos tratar os que nos ofenderam? O que nos acontecerá se nos recusarmos a perdoar os outros?
5. O que ocorrerá no coração dos que recebem o perdão de Deus?
[1] Lançado em rosto: Mesmo que, popularmente, “jogado na cara”.