

Lição 8 Sábado, 23 de maio de 2020
PEREGRINANDO NO DESERTO
E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os Seus mandamentos (Deuteronômio 8:2).
A peregrinação pelo deserto não foi simplesmente ordenada como um juízo sobre os rebeldes e murmuradores, mas servia à geração que estava surgindo como disciplina preparatória à sua entrada na Terra Prometida. — Patriarcas e profetas, p. 407.
ESTUDO ADICIONAL: Patriarcas e profetas, pp. 406-410 (Capítulo 36: “No deserto”).
Domingo, 17 de maio Ano bíblico: 2 Crônicas 24 e 25
1. A ENTRADA NA TERRA PROMETIDA É ADIADA
A • Por quanto tempo os filhos de Israel vaguearam no deserto antes de chegarem novamente a Cades e cruzarem o Ribeiro de Zerede? Deuteronômio 2:14. Por que demorou tanto?
Dt 2:14 — O tempo que caminhamos, desde Cades-Barneia até atravessarmos o ribeiro de Zerede, foram trinta e oito anos, até que toda aquela geração dos homens de guerra desapareceu do acampamento, como o Senhor lhes havia jurado.
Deus deu evidência clara de que Ele governa nos Céus, e a rebelião foi punida com morte. Apenas dois dos adultos que deixaram o Egito viram a terra prometida. A peregrinação do povo foi estendida até que o restante deles fosse sepultado no deserto. — The SDA BibleCommentary [E. G. White Comments] , vol. 1, p. 1113.
Se Israel tivesse obedecido às instruções dadas por Moisés, nenhum daqueles que começaram a jornada desde o Egito teria caído no deserto, presa de doença ou morte. Eles estavam debaixo de um Guia seguro. Cristo mesmo havia prometido dirigi-los com segurança à terra da promessa caso seguissem a orientação dEle. A vasta multidão, contabilizada em mais de um milhão de pessoas, estava sob o governo direto de Jesus. Eram a Sua família. Ele estava interessado em cada um deles. — Ibidem, p. 1118.
Segunda-feira, 18 de maio Ano bíblico: 2 Crônicas 26-28
2. DEUS SUPRE E INSTRUI
A • Que evidências temos do cuidado de Deus por Seu povo durante o tempo em que este vagou pelo deserto? Neemias 9:19-21; Salmos 105:37.
Ne 9:19-21 — Tu não os abandonaste no deserto por causa da Tua grande compaixão. De dia, a coluna de nuvem não deixou de guiá-los pelo caminho, nem, de noite, a coluna de fogo deixou de iluminar o caminho em que deveriam andar. 20 Também lhes deste o Teu bom Espírito para instruí-los. Não retiraste da boca do povo o Teu maná, e quando tiveram sede lhes deste água. 21 Durante quarenta anos os sustentaste no deserto. Não lhes faltou coisa alguma! A roupa deles não envelheceu, e os pés deles não ficaram inchados.
Sl 105:37 — E tirou-os para fora com prata e ouro, e entre as suas tribos não houve um só fraco. (Almeida, Corrigida, Fiel ao Texto Original, 2007.)
B • De que forma a peregrinação pelo deserto foi uma disciplina para a geração que surgia? Deuteronômio 8:2 e 3.
Dt 8:2 e 3 — E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os Seus mandamentos. 3 Sim, Ele te humilhou, te deixou ter fome e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis, para que entendesses que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor; disso vive o homem.
Deus permitiu essas solitárias jornadas através do deserto a fim de Seu povo poder adquirir experiência no suportar dificuldades, e para que, quando estivessem em perigo, soubessem que unicamente em Deus havia alívio e livramento. Assim deviam eles aprender a conhecer a Deus e a nEle confiar, e a servi-lO com uma fé viva. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p. 409.
Enquanto o povo viajava pelo deserto, muitas lições preciosas lhes eram fixadas na mente por meio de cânticos. [...] Os mandamentos, conforme foram dados no Sinai, com promessas de favor de Deus e referências às Suas maravilhosas obras ao livrá-los, foram por direção divina expressos em cântico, e entoados ao som de música instrumental; o povo marchava com as vozes unidas em louvor.
Assim, elevavam-se seus pensamentos acima das provações e dificuldades do caminho; abrandava-se e acalmava-se aquele espírito inquieto e turbulento; implantavam-se na memória os princípios da verdade; e fortalecia-se a fé. — Educação, p. 39.
C • Qual foi a principal razão pela qual muitos dos israelitas não estavam habilitados a entrar na Terra Prometida? Como podemos evitar cair no mesmo pecado? Hebreus 3:7-14.
Hb 3:7-14 — Assim, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, 8 não endureçais o coração, como na rebelião, no dia da provação no deserto, 9 onde vossos pais Me tentaram, pondo-Me à prova, ainda que, durante quarenta anos, tenham visto as Minhas obras. 10 Por isso Me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não chegaram a conhecer os Meus caminhos. 11 Assim, jurei na Minha ira: Não entrarão no Meu descanso. 12 Irmãos, cuidado para que nunca se ache em qualquer um de vós um coração perverso e incrédulo, que vos desvie do Deus vivo; 13 antes, exortai uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. 14 Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se mantivermos a nossa confiança inicial firme até o fim.
Não foi a vontade de Deus que os filhos de Israel vagueassem durante quarenta anos no deserto [...]. Semelhantemente, não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo fosse tão demorada, e que Seu povo permanecesse tantos anos neste mundo de pecado e tristeza. A incredulidade, porém, os separou de Deus. Como se recusaram a fazer a obra que lhes havia designado, outros foram levantados para proclamar a mensagem. Usando de misericórdia para com o mundo, Jesus retarda a Sua vinda, para que pecadores possam ter oportunidade de ouvir a advertência e encontrar nEle refúgio antes que a ira de Deus seja derramada. — O grande conflito, p. 458.
Terça-feira, 19 de maio Ano bíblico: 2 Crônicas 29-31
3. A INFLUÊNCIA DOS NÃO-CONVERTIDOS
A • Com frequência, que classe de pessoas se mostra criadora de problemas? Números 11:4.
Nm 11:4 — Os estrangeiros que estavam no meio deles começaram a desejar muito certas comidas; e até os israelitas também voltaram a reclamar, dizendo: Quem nos dará carne para comer?
A mistura de gente que subiu do Egito com os israelitas era uma fonte contínua de tentação e problemas. Professavam terem renunciado à idolatria e adorarem o verdadeiro Deus, mas sua primeira educação e ensino lhes haviam modelado os hábitos e o caráter, e estavam em maior ou menor grau corrompidos por idolatria e irreverência para com Deus. Eram os que mais frequentemente suscitavam contendas e os primeiros a queixar-se, e contaminavam o acampamento com suas práticas idólatras e murmurações contra Deus. — Patriarcas e profetas, p. 408.
B • Qual era a ordem de Deus quanto à união com os descrentes? Deuteronômio 7:3 e 4; 2 Coríntios 6:14. E hoje?
Dt 7:3 e 4 — não realizarás casamentos com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; 4 pois elas fariam teus filhos se desviar de Mim para cultuar outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos destruiria.
2Co 6:14 — Não vos coloqueis em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão há entre luz e trevas?
[Os israelitas] foram advertidos para não terem qualquer ligação com idólatras, nem se casarem com eles, nem se colocarem em perigo de serem afetados e corrompidos, de qualquer maneira, por suas abominações. Foram aconselhados a evitar mesmo a aparência do mal, a não se aventurarem na beira [do abismo] do pecado, pois esta era a forma mais certa de ser engolido por ele, indo-se à ruína. — The SDA BibleCommentary [E. G. White Comments] , vol. 2, p. 1000.
Deus proibiu rigorosamente o intercâmbio matrimonial de Seu povo no passado com outras nações. [...] Os pagãos, no entanto, achavam-se em condições mais favoráveis do que os impenitentes desta geração, os quais, tendo a luz da verdade, ainda se recusam de maneira persistente a aceitá-la. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 508.
C • Qual é sempre o resultado de se estar intimamente associado com os não-convertidos? 1 Coríntios 15:33 e 34.
1Co 15:33 e 34 — Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. 34 Voltai à sobriedade, como convém, e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Digo isso para vossa vergonha.
É um erro associarem-se os cristãos com aqueles cuja moral é frouxa. Um intercâmbio íntimo e diário que ocupe o tempo sem contribuir de alguma forma para o fortalecimento intelectual ou moral é um perigo. Se a atmosfera moral que circunda as pessoas não é pura e santificada, mas maculada com a corrupção, os que respiram essa atmosfera verificarão que ela atua quase imperceptivelmente no intelecto e no coração para envenenar e arruinar. — Ibidem, vol. 3, p. 125.
Quarta-feira, 20 de maio Ano bíblico: 2 Crônicas 32 e 33
4. DESPREZO PELA AUTORIDADE DIVINA
A • Como o desprezo pela autoridade divina e a violação do terceiro mandamento foram punidos? Levítico 24:10-16 e 23.
Lv 24:10-16 e 23 — Apareceu entre os filhos de Israel o filho de uma israelita, o qual era filho de um egípcio; o filho da israelita e certo homem israelita contenderam no arraial. 11 Então, o filho da mulher israelita blasfemou o nome do Senhor e o amaldiçoou, pelo que o trouxeram a Moisés. O nome de sua mãe era Selomite, filha de Dibri, da tribo de Dã. 12 E o levaram à prisão, até que se lhes fizesse declaração pela boca do Senhor. 13 Disse o Senhor a Moisés: 14 Tira o que blasfemou para fora do arraial; e todos os que o ouviram porão as mãos sobre a cabeça dele, e toda a congregação o apedrejará. 15 Dirás aos filhos de Israel: Qualquer que amaldiçoar o seu Deus levará sobre si o seu pecado. 16 Aquele que blasfemar o nome do Senhor será morto; toda a congregação o apedrejará; tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do Senhor, será morto. [...] 23 Então, falou Moisés aos filhos de Israel que levassem o que tinha blasfemado para fora do arraial e o apedrejassem; e os filhos de Israel fizeram como o Senhor ordenara a Moisés. (Almeida, Revista e Atualizada.)
Numa ocasião, o filho de uma mulher israelita e um egípcio (sendo este da mistura de gente que havia subido do Egito com Israel) deixou a parte que lhe era própria no acampamento e, entrando na dos israelitas, alegou ter direito de armar sua tenda ali. Isso a Lei divina lhe vedava fazer, sendo os descendentes de um egípcio excluídos da congregação até a terceira geração. Uma contenda surgiu entre ele e um israelita, e a questão, sendo referida aos juízes, foi decidida contra o transgressor.
Enraivecido com essa decisão, amaldiçoou o juiz, e no ardor de sua paixão blasfemou do nome de Deus. [...] Deus mesmo pronunciou a sentença; por determinação divina, o homem blasfemo foi conduzido para fora do acampamento e apedrejado até a morte. Aqueles que tinham sido testemunhas do pecado colocaram as mãos sobre a cabeça do condenado, solenemente testificando, dessa maneira, da verdade da acusação contra ele. Então atiraram as primeiras pedras, e o povo que estava ao lado uniu-se a seguir na execução da sentença. — Patriarcas e profetas, pp. 407 e 408.
B • Por que a punição por esses delitos era tão severa? Êxodo 20:7.
Êx 20:7 — Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não considerará inocente quem tomar o Seu nome em vão.
Há os que porão em dúvida o amor de Deus e Sua justiça ao infligir Ele tão severo castigo por palavras faladas no ardor da ira. Mas tanto o amor quanto a justiça exigem que se mostre serem um grande pecado as palavras inspiradas pela malícia contra Deus. A paga que recaiu sobre o primeiro transgressor seria um aviso para os outros, de que o nome de Deus deve ser tido em reverência. Mas caso se houvesse permitido que o pecado desse homem passasse sem punição, outros se teriam desmoralizado; e, como resultado, muitas vidas finalmente deveriam ser sacrificadas. — Ibidem, p. 408.
C • Como às vezes mostramos desprezo pela autoridade divina hoje? Juízes 17:6.
Jz 17:6 — Naquela época, não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.
O pecado deste século é a desconsideração para com as ordens expressas de Deus. — Testemunhos para a igreja, vol. 3, p. 483.
Quinta-feira, 21 de maio Ano bíblico: 2 Crônicas 34-36
5. ESCOLHENDO A OBEDIÊNCIA
A • Por que o Senhor exigia obediência de Seu antigo povo? Deuteronômio 6:1, 2, 24 e 25. De onde brota a verdadeira obediência? Deuteronômio 6:5 e 6.
Dt 6:1, 2, 24 e 25 — Estes são os mandamentos, os estatutos e os preceitos que o Senhor, teu Deus, mandou ensinar-te, a fim de que os cumprisses na terra à qual estás indo para possuir, 2 para que temas o Senhor, teu Deus, e guardes todos os Seus estatutos e mandamentos que Eu te ordeno, tu, teu filho e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e para que os teus dias se prolonguem. [...] 24 O Senhor nos ordenou que obedecêssemos a todos esses estatutos, que temêssemos o Senhor, nosso Deus, para o nosso bem em todo o tempo, para que Ele nos preservasse em vida, como estamos hoje. 25 Nossa justiça será cumprir com cuidado todos esses mandamentos diante do Senhor, nosso Deus, como Ele nos ordenou.
Dt 6:5 e 6 — Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. 6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração.
Toda verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E, se consentirmos, Ele de tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, e fundirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada e santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o serviço divino. Quando conhecermos a Deus como é nosso privilégio conhecê-lO, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, mediante a comunhão com Deus, o pecado se tornará odioso para nós. — O Desejado de Todas as Nações, p. 668.
B • Onde devemos começar a ensinar obediência às crianças, e por quê? Deuteronômio 6:7-9.
Dt 6:7-9 — E as ensinarás a teus filhos e delas falarás sentado em casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. 8 Também as amarrarás como sinal na mão e como faixa na testa; 9 e as escreverás nos batentes da tua casa e nas tuas portas.
Desde os primeiros anos, as crianças devem ser ensinadas a obedecer aos pais, a acatar-lhes a palavra e a respeitar-lhes a autoridade.
[...] Ao respeitarem os pais e prestarem-lhes obediência, podem aprender como respeitar e obedecer a seu Pai celestial. — Orientação da criança, pp. 82 e 83.
Ensinem-se os jovens e crianças a escolherem para si aquela veste real tecida nos teares celestiais — o “linho [...] puro e resplandecente” (Apocalipse 19:8), que todos os santos da Terra usarão. Tal veste — o próprio caráter imaculado de Cristo — é livremente oferecida a todo ser humano. Mas todos os que a recebem, a receberão e usarão aqui.
Ensine-se às crianças que, abrindo elas a mente a pensamentos puros e amoráveis, e praticando atos amáveis e úteis, estão se vestindo com as belas vestes de caráter de Cristo. — Ibidem, p. 190.
Sexta-feira, 22 de maio Ano bíblico: Esdras 1-3
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Se os israelitas tivessem obedecido a Moisés, o que lhes teria acontecido?
2. Que papel o canto tinha na jornada pelo deserto?
3. Qual deve ser nosso único propósito ao nos associarmos com os descrentes?
4. Como podemos reverenciar o nome de Deus hoje?
5. Como podemos estar nos vestindo diariamente com o caráter de Cristo?~
Sábado, 23 de maio Ano bíblico: Esdras 4-6