Lição 7 | Sábado, 18 de novembro de 2017
Deus, com a Sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecados (Atos 5:31).
O chamado e a justificação não são a mesma coisa. O chamado é o atrair do pecador para Cristo, e é a operação do Espírito Santo no coração, convencendo do pecado e convidando ao arrependimento. — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 390.
Estudo adicional: The Signs of the Times, 14 de fevereiro de 1895; 29 de julho de 1913.
Domingo, 12 de novembro
1. TRISTEZA PELO PECADO PRODUZIDA POR DEUS
A. O que devemos fazer para que nossos pecados possam ser perdoados por Deus? Atos 3:19.
At 3:19 — Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados,
B. O que sempre acompanhará o verdadeiro arrependimento, e como ele afetará o coração e a vida? 2 Coríntios 7:9 e 10.
2 Co 7:9 e 10 — agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. 10 Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.
O arrependimento inclui tristeza pelo pecado e abandono do mesmo. Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a sua malignidade; enquanto não nos afastarmos dele sinceramente, não haverá em nós uma mudança real de vida. — Caminho a Cristo, p. 23.
Sofremos, muitas vezes, porque nossas maldades produzem consequências desagradáveis; mas isso não é arrependimento. A verdadeira tristeza pelo pecado é o resultado da obra do Espírito Santo. Ele revela nossa ingratidão de coração que desprezou e ofendeu o Salvador, levando-nos arrependidos ao pé da cruz. Cada pecado fere mais uma vez a Jesus; e ao olharmos Àquele a quem traspassamos, choramos as transgressões que Lhe trouxeram angústia. Tal pranto levará à renúncia do pecado. — O Desejado de Todas as Nações, p. 300.
Segunda-feira, 13 de novembro
2. O DOM DO ARREPENDIMENTO
A. Como a oração de Davi ilustra a natureza do verdadeiro arrependimento? Salmos 51:1-4, 10-13.
Sl 51:1-4, 10-13 — Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. 2 Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. 3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. 4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares. [...] 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto. 11 Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. 12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário. 13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
Davi reconheceu a enorme maldade de sua transgressão; viu a contaminação de sua alma; odiou o pecado. Não suplicava apenas por perdão, mas também por um coração puro. Desejava ardentemente a alegria da santidade — ser restaurado à harmonia e comunhão com Deus. — Caminho a Cristo, p. 25.
B. O que a Bíblia ensina sobre a fonte do verdadeiro arrependimento? Romanos 2:4.
Rm 2:4 — Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?
Assim como não podemos alcançar perdão sem Cristo, também não podemos nos arrepender sem que o Espírito de Cristo nos desperte a consciência.
Cristo é a Fonte de todo impulso bom. Unicamente Ele é capaz de implantar no coração a inimizade contra o pecado. Todo desejo de verdade e pureza, toda certeza de nossa própria pecaminosidade, são uma evidência de que Seu Espírito está operando em nosso coração. — Ibidem, p. 26.
C. Como podemos obter esse tipo de arrependimento? Mateus 11:28; Atos 5:31.
Mt 11:28 — Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
At 5:31 — Deus, com a Sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.
As palavras da vida não ensinam que o pecador deve se arrepender antes que possa atender ao convite de Cristo: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Os homens devem ir a Cristo porque O veem como seu Salvador, seu único Ajudador, a fim de que possam arrepender-se, pois, se pudessem se arrepender sem ir a Cristo, poderiam também ser salvos sem Cristo. É a virtude que vem de Jesus que leva ao arrependimento verdadeiro. [...] O arrependimento é um dom de Cristo tanto quanto o perdão, e não pode ser encontrado na alma em que Jesus não operou. Assim como não podemos ser perdoados sem Cristo, não podemos nos arrepender sem que o Espírito de Cristo desperte a consciência. Cristo atrai o errante pela exposição de Seu amor na cruz, e isso suaviza o coração, impressiona a mente e inspira contrição e arrependimento na alma. — The Review and Herald, 1º de abril de 1890.
Terça-feira, 14 de novembro
3. CONDIÇÕES PARA O PERDÃO
A. Quais são as condições estabelecidas na Palavra de Deus para se obter o perdão? Provérbios 28:13; Tiago 5:16.
Pv 28:13 — O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.
Tg 5:16 — Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
As condições para obter misericórdia de Deus são simples, justas e razoáveis. O Senhor não exige que façamos coisas dolorosas a fim de obter o perdão dos pecados. Não precisamos empreender longas e cansativas peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do Céu ou redimir nossas transgressões; mas aquele que confessa e abandona os seus pecados alcançará misericórdia. — Caminho a Cristo, p. 37.
B. Quando ofendemos nosso irmão, a quem também ofendemos? O que nosso dever para com nosso irmão deve nos ensinar? Mateus 25:40; 1 Pedro 4:8.
Mt 25:40 — E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
1 Pe 4:8 — Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados,
Confesse seus pecados a Deus, que é o Único que os pode perdoar, e suas faltas uns aos outros. Se você ofendeu o seu amigo ou vizinho, deve reconhecer sua culpa, e é dever dele perdoá-lo completamente. Você deve buscar então o perdão de Deus, porque o irmão a quem feriu é propriedade dEle e, ao ofendê-lo, você pecou contra o Criador e Redentor dele. — Ibidem, p. 37.
C. A quem devemos confessar nossos pecados? Como o pecado deve ser confessado? Salmos 32:5; Mateus 5:23 e 24.
Sl 32:5 — Confessei-Te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a maldade do meu pecado.
Mt 5:23 e 24 — Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
A confissão verdadeira tem sempre caráter específico, e faz distinção entre pecado e pecado. As faltas podem ser de tal natureza que devam ser apresentadas apenas a Deus; podem ser erros que devam ser confessados a pessoas que foram ofendidas por eles; ou podem ser de caráter público, devendo então ser confessados publicamente. Toda confissão, no entanto, deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo exatamente os pecados dos quais você é culpado. — Ibidem, p. 38.
O pecado de caráter privado [particular] deve ser confessado a Cristo, o único mediador entre Deus e o homem, pois “se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1). Todo pecado é uma ofensa contra Deus, e deve ser confessado a Ele através de Cristo. Todo pecado público deve ser confessado de forma igualmente pública. — Obreiros evangélicos, p. 216.
Quarta-feira, 15 de novembro
4. O PERIGO DA JUSTIFICAÇÃO PRÓPRIA
A. Quando o Senhor perguntou a Adão e Eva sobre o pecado deles, como a resposta insinuou que não era realmente sua culpa? Gênesis 3:12 e 13.
Gn 3:12 e 13 — Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. 13 E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Depois que Adão e Eva comeram do fruto proibido, ficaram cheios de um sentimento de vergonha e terror. A princípio, seu único pensamento era como desculpar seu pecado e escapar à temida sentença de morte. Quando o Senhor os interrogou sobre o seu pecado, Adão respondeu, colocando a culpa em parte sobre Deus e em parte sobre a companheira: “Mas foi a mulher que o Senhor me deu que me ofereceu do fruto, e eu o comi”. A mulher culpou a serpente, dizendo: “A serpente me enganou, e eu comi” (Gênesis 3:12 e 13). Por que [o Senhor] fez a serpente? Por que permitiu a ela entrar no jardim? Essas eram as perguntas subentendidas nas palavras com que ela procurava desculpar seu pecado, lançando assim sobre Deus a responsabilidade pela queda. — Caminho a Cristo, p. 40.
B. Que tentação geralmente acomete alguém que é surpreendido pecando, e por que o ceder a esse impulso torna a confissão sem efeito? Jó 9:20; Lucas 16:15.
Jó 9:20 — Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se reto me disser, então, me declarará perverso.
Lc 16:15 — E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração, porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação.
O espírito de justificação própria originou-se com o pai da mentira, e tem sido manifestado por todos os filhos e filhas de Adão. Confissões desse tipo não são inspiradas pelo Espírito divino, e não são aceitáveis a Deus. O arrependimento verdadeiro levará o homem a suportar ele mesmo sua culpa, e reconhecê-la sem engano ou hipocrisia. — Idem.
C. Como Paulo reconheceu seu pecado de maneira específica? Que atitude humilde ele manifestou após sua conversão (Atos 9:3-6)? Atos 26:10 e 11.
At 9:3-6 — E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. 4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. 6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
At 26:10 e 11 — O que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles. 11 E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
Os exemplos que a Palavra de Deus nos apresenta de genuína humilhação e arrependimento revelam um espírito de confissão em que não há desculpa pelo pecado nem tentativa de se justificar. Paulo não procurava desculpar-se; pintava seus pecados nas cores mais negras, e não tentava diminuir sua culpa [cita-se Atos 26:10 e 11]. Não hesita em afirmar que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15). — Ibidem, p. 41.
Quinta-feira, 16 de novembro
5. TUDO OU NADA
A. O que Deus nos pede para entregar a Ele, e o que isso envolve? Provérbios 23:26; Lucas 14:33.
Pv 23:26 — Dá-Me, filho Meu, o teu coração, e os teus olhos observem os Meus caminhos.
Lc 14:33 — Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo.
Deus exige uma entrega total do coração a fim de que o pecador possa ser justificado. — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 366.
Ao nos entregarmos a Deus, é necessário renunciarmos a tudo que nos separa dEle. Por isso diz o Salvador: “Qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo” (Lucas 14:33 — Nova Versão Internacional, 2001). Qualquer coisa que afaste de Deus o coração tem de ser renunciada. Mamom[1] é o ídolo de muitos. O amor do dinheiro e a ambição de fortuna é a cadeia de ouro que os liga a Satanás. Fama e honras mundanas são idolatradas por outros. Uma vida de comodidade egoísta, irresponsável, constitui o ídolo de outros. Mas essas algemas escravizantes têm de ser quebradas. Não podemos pertencer metade ao Senhor e metade ao mundo. Não somos filhos de Deus a menos que o sejamos totalmente. — Caminho a Cristo, p. 44.
B. Por que a oração do publicano por misericórdia foi ouvida? Lucas 18:13 e 14.
Lc 18: 13 e 14 — O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
A oração do publicano foi ouvida porque demonstrava entrega, empenhando-se para se apoderar da Onipotência. O próprio eu não parecia nada além de vergonha para o publicano. [O eu] precisa ser considerado assim por todos os que buscam a Deus. Pela fé — fé que renuncia a toda confiança própria — o necessitado suplicante pode tomar posse do poder infinito.
Nenhuma cerimônia externa pode substituir a simples fé e a renúncia total de si mesmo. Mas ninguém pode, pelos seus próprios esforços, esvaziar-se do eu. Podemos apenas permitir que Cristo execute a obra. — Parábolas de Jesus, p. 159.
Sexta-feira, 17 de novembro
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Quais são as duas coisas que o arrependimento verdadeiro inclui?
2. Como o arrependimento é um dom concedido, em vez de algo que precisamos fazer?
3. O que devemos fazer para obter o perdão dos nossos pecados?
4. O que mostra que uma pessoa verdadeiramente arrependida não dará nenhuma desculpa para o pecado?
5. Do que devemos estar dispostos a desistir a fim de receber justificação?
[1] Mamom: É um termo derivado da Bíblia, usado para descrever, na maioria das vezes, riqueza material ou cobiça. A própria palavra deriva do hebraico “Mamom”, que significa literalmente “dinheiro”. Como um ser, Mamon representa a ganância ou a avareza. Quando personificado, sua aparência é normalmente relacionada a um nobre de aspecto deformado, que carrega um grande saco de moedas de ouro e “suborna” os humanos para obter suas almas.