

Lição 10 | Sábado, 10 março de 2018
Eu pedi ao Senhor
E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque dizia ela: o tenho pedido ao Senhor (1 Samuel 1:20).
A influência diária da mãe está preparando seus filhos para a vida eterna ou para a morte eterna. Ela exerce no lar um poder mais decisivo do que o pastor no púlpito ou do que o rei em seu trono. O Dia do Senhor revelará quanto o mundo deve às mães piedosas por homens que se tornaram defensores inabaláveis da verdade e da reforma [...]. — Refletindo a Cristo, p. 195.
Estudo adicional: Patriarcas e profetas, pp. 569-574 (capítulo 55: “O menino Samuel”).
Domingo, 4 de março
1. ESTÉRIL E TRAÍDA
A. O que trouxe tristeza para a vida de Ana, a mulher de Elcana? 1 Samuel 1:1 e 2.
1 Sm 1:1 e 2 — 1 Houve um homem de Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efrateu. 2 E este tinha duas mulheres: o nome de uma era Ana, e o nome da outra, Penina; Penina tinha filhos, porém Ana não tinha filhos.
O amor de Elcana por sua companheira escolhida era profundo e imutável, mas uma nuvem ainda escurecia sua felicidade doméstica. O lar não era alegrado por uma voz infantil. Por fim, o forte desejo de perpetuar o nome levou o marido, assim como muitos outros, a escolher um caminho não aprovado por Deus — o de introduzir na família uma segunda esposa, que fosse subordinada à primeira. Esse ato era motivado pela falta de fé em Deus, e foi acompanhado de péssimos resultados. A paz da família, até então unida e harmoniosa, foi quebrada. O golpe se abateu sobre Ana com um peso esmagador. Toda a felicidade pareceu ter sido eliminada para sempre de sua vida. Ela aguentou sua provação sem reclamar, mas nem por isso sua dor era menos cortante e amarga.
Penina, a nova esposa, era uma mulher de mente inferior, e de espírito invejoso e ciumento. À medida que se passavam os anos, filhos e filhas foram recebidos no lar, e isso a tornou orgulhosa e arrogante, passando a tratar sua rival com desprezo e insolência. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
Segunda-feira, 5 de março
2. MENOSPREZADA E MAL COMPREENDIDA
A. Descreva a cena característica que ocorria com a família de Elcana na época das festas em Siló. 1 Samuel 1:3-5.
1 Sm 1:3-5 — 3 Subia, pois, este homem da sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao Senhor dos Exércitos, em Siló; e estavam ali os sacerdotes em Siló; e estavam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. 4 E sucedeu que, no dia em que Elcana sacrificava, dava ele porções do sacrifício a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos, e a todas as suas filhas. 5 Porém a Ana dava uma parte excelente, porquanto ele amava Ana; porém o Senhor lhe tinha cerrado a madre.
O espírito maligno que havia amaldiçoado o lar [de Elcana] se intrometia mesmo nas festividades relacionadas com a adoração a Deus. Era costume apresentar uma oferta pacífica após os outros sacrifícios terem sido ofertados. Uma porção exclusiva era entregue ao sacerdote, e em seguida, após distribuir para cada membro de sua família uma parte da sobra, o ofertante se unia a eles em uma solene e animada festa. Nessas ocasiões, Elcana dava à sua segunda esposa uma porção, assim como para cada um de seus filhos e filhas, e a seguir, como sinal de sua consideração e apreço por Ana, sua primeira e mais amada esposa, ele dava uma porção dobrada. Essa atitude provocou a inveja e o ciúme da segunda esposa que, de forma atrevida, reivindicou sua superioridade como uma mulher grandemente favorecida por Deus; e ela, numa atitude provocadora, usou o fato de Ana não ter filhos como um sinal do desagrado do Senhor sobre ela. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
B. Descreva a amarga dimensão do sofrimento de Ana. 1 Samuel 1:6 e 7.
1 Sm 1:6 e 7 — 6 E a sua competidora excessivamente a irritava para a embravecer, porquanto o Senhor lhe tinha cerrado a madre. 7 E assim o fazia ele de ano em ano; quando ela subia à Casa do Senhor, assim a outra a irritava; pelo que chorava e não comia.
Essa cena se repetiu várias vezes, não só nas reuniões anuais, mas sempre que as circunstâncias favorecessem uma oportunidade para Penina se vangloriar às custas da sua rival. A atitude dessa mulher parecia ser, para Ana, uma provação quase impossível de suportar. Satanás empregou Penina como sua agente para perseguir e, se possível, irar e destruir uma das fiéis filhas de Deus. Por fim, à medida que as provocações de sua rival se repetiram em uma das festas anuais, a coragem e a força de Ana vieram abaixo. Incapaz de esconder suas emoções, ela chorou sem constrangimento. As expressões de alegria do outro lado pareciam zombaria e gracejo. Ela não conseguiu tomar parte do banquete. — Idem.
C. Como Elcana tentava consolar sua querida esposa, ainda que em vão? 1 Samuel 1:8.
1 Sm 1:8 — Então, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?
Para Elcana, era impossível entender completamente os sentimentos [de Ana] ou valorizar seus motivos. — Idem.
Terça-feira, 6 de março
3. FIEL E GRACIOSA
A. O que devemos aprender do caráter de Ana e da solução que procurou para a sua dificuldade? 1 Samuel 1:9-11; Salmos 50:15.
1 Sm 1:9-11 — 9 Então, Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, o sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor. 10 Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente. 11 E votou um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da Tua serva, e de mim Te lembrares, e da Tua serva te não esqueceres, mas à Tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
Sl 50:15 — E invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás.
Humildade, retidão e uma firme confiança em Deus eram os traços predominantes do caráter [de Ana]. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
Ana não apresentou nenhuma censura contra o marido por seu casamento imprudente. A dor que ela não conseguia compartilhar com nenhum amigo terreno, entregou ao seu Pai Celestial, e buscava consolo apenas dEle. [...] Há um grande poder na oração. Nosso grande adversário está constantemente procurando manter a alma atribulada distante de Deus. O apelo dirigido ao Céu pelo mais humilde dos santos é mais temido por Satanás do que os decretos ministeriais ou os mandatos dos reis.
Nenhum ouvido mortal conheceu a oração de Ana, mas sua prece penetrou nos ouvidos do Senhor dos Exércitos. — Idem.
B. Após ser acusada de não ter o favor de Deus e atingida pela malícia de sua rival, como Ana foi mal interpretada pelo sumo sacerdote dentro da casa do Senhor? 1 Samuel 1:12-14.
1 Sm 1:12-14 — 12 E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o Senhor, Eli fez atenção à sua boca, 13 porquanto Ana, no seu coração, falava, e só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada. 14 E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho.
Os banquetes e as bebedeiras quase destruíram a verdadeira piedade entre o povo de Israel. Episódios de intemperança eram comuns mesmo entre as mulheres, e Eli decidiu então aplicar o que lhe pareceu ser uma repreensão merecida. — Idem.
C. Como a nobre resposta de Ana revela a abundante graça de um caráter semelhante ao de Cristo? 1 Samuel 1:15 e 16.
1 Sm 1:15 e 16 — 15 Porém Ana respondeu e disse: Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. 16 Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora.
Ana estava em comunhão com Deus. Ela creu que sua oração foi ouvida, e a paz de Cristo preencheu seu coração. Sua natureza era gentil e sensível, mas ela não se entregou ao sofrimento nem à indignação por ter sido injustamente acusada de embriaguez na casa de Deus. Com a devida reverência ao ungido do Senhor, ela calmamente afastou a acusação e expôs os motivos de suas emoções. — Idem.
Quarta-feira, 7 de março
4. OS PRIMEIROS TRÊS ANOS DA INFÂNCIA DE SAMUEL
A. Que milagre o Senhor concedeu em resposta à oração de Ana? 1 Samuel 1:17-20.
1 Sm 1:17-20 — 17 Então, respondeu Eli e disse: Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que Lhe pediste. 18 E disse ela: Ache a tua serva graça em teus olhos. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era triste. 19 E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e vieram à sua casa, a Ramá. Elcana conheceu a Ana, sua mulher, e o Senhor Se lembrou dela. 20 E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.
B. O que devemos aprender da instrução minuciosa que Ana deu ao menino Samuel? Provérbios 22:6.
Pv 22:6 — Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer, não se desviará dele.
Durante os primeiros três anos de vida do profeta Samuel, sua mãe o ensinou cuidadosamente a distinguir entre o bem e o mal. Por meio de todo objeto familiar que o cercava, ela procurou levar seus pensamentos ao Criador. — Orientação da criança, p. 197.
Os três primeiros anos são o tempo para dobrar o tenro galho. As mães devem compreender a importância desse período. É então que o fundamento é colocado. — Ibidem, p. 194.
Foi Ana, a mulher de oração e espírito altruísta, inspirada por Deus, quem deu à luz a Samuel, a criança divinamente instruída, o juiz incorruptível, o fundador das escolas sagradas dos hebreus. — A ciência do bom viver, p. 372.
C. O que devemos aprender da seriedade com que Ana encarou os votos feitos a Deus? 1 Samuel 1:11, 21-28; Eclesiastes 5:4 e 5.
1 Sm 1:11, 21-28 — 11 E votou um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da Tua serva, e de mim Te lembrares, e da Tua serva Te não esqueceres, mas à Tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. [...] 21 E subiu aquele homem Elcana, com toda a sua casa, a sacrificar ao Senhor o sacrifício anual e a cumprir o seu voto. 22 Porém Ana não subiu, mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então o levarei, para que apareça perante o Senhor e lá fique para sempre. 23 E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer a teus olhos; fica até que o desmames; tão-somente confirme o Senhor a Sua palavra. Assim, ficou a mulher e deu leite a seu filho, até que o desmamou. 24 E, havendo-o desmamado, o levou consigo, com três bezerros e um efa de farinha e um odre de vinho, e o trouxe à Casa do Senhor, a Siló. E era o menino ainda muito criança. 25 E degolaram um bezerro e assim trouxeram o menino a Eli. 26 E disse ela: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao Senhor. 27 Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição que eu Lhe tinha pedido. 28 Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao Senhor foi pedido. E ele adorou ali ao Senhor.
Ec 5:4 e 5 — 4 Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não Se agrada de tolos; o que votares, paga-o. 5 Melhor é que não votes do que votes e não pagues.
Logo que o menino alcançou idade suficiente para se separar de sua mãe, ela cumpriu seu voto. Amava o filho com toda a devoção de um coração de mãe; dia após dia, observando suas faculdades que se expandiam, e ouvindo seu balbuciar infantil, suas afeições se uniam ainda mais a ele. Era seu único filho, uma dádiva especial do Céu; mas ela o recebeu como um tesouro consagrado a Deus, e não queria negar ao Doador aquilo que era Seu.
Mais uma vez Ana viajou com o esposo a Siló, e apresentou ao sacerdote, em nome de Deus, sua preciosa oferta [...]. — Patriarcas e profetas, pp. 570 e 571.
Quinta-feira, 8 de março
5. UMA CANÇÃO DE LOUVOR E PROFECIA
A. O que Ana foi levada a declarar publicamente? 1 Samuel 2:1.
1 Sm 2:1 — Então, orou Ana e disse: O meu coração exulta no Senhor, o meu poder está exaltado no Senhor; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me alegro na Tua salvação.
Como prova de sua gratidão, [Ana] sentiu que não poderia fazer uma demonstração menor do que declarar publicamente seu reconhecimento da divina misericórdia e bondade. A inspiração do alto veio sobre ela, e mesmo sendo uma mulher tímida e reservada, sua voz foi ouvida na assembleia do povo, em louvor a Deus. [...]
Em alguns animais, o chifre é a arma de defesa e ataque; pelo uso dessa figura, Ana reconhece que sua libertação tinha vindo de Deus. Em sua radiante alegria, não há o vão triunfo da vanglória. Ela não se gloria em Samuel ou em sua própria prosperidade, mas se regozija no Senhor. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
B. Como as palavras de Ana nos trazem conforto e sabedoria? 1 Samuel 2:2-10.
1 Sm 2:2-10 — 2 Não há santo como é o Senhor; porque não há outro fora de Ti; e rocha nenhuma há como o nosso Deus. 3 Não multipliqueis palavras de altíssimas altivezas, nem saiam coisas árduas da vossa boca; porque o Senhor é o Deus da sabedoria, e por Ele são as obras pesadas na balança. 4 O arco dos fortes foi quebrado, e os que tropeçavam foram cingidos de força. 5 Os que antes eram fartos se alugaram por pão, mas agora cessaram os que eram famintos; até a estéril teve sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu. 6 O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. 7 O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. 8 Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da Terra, e assentou sobre eles o mundo. 9 Os pés dos Seus santos guardará, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas; porque o homem não prevalecerá pela força. 10 Os que contendem com o Senhor serão quebrantados; desde os céus, trovejará sobre eles; o Senhor julgará as extremidades da Terra, e dará força ao seu rei, e exaltará o poder do Seu ungido.
[Cita-se 1 Samuel 2:3] Enquanto esta passagem se refere à conduta arrogante e atrevida de Penina, Ana também parece incluir todos os inimigos da verdadeira piedade, que se gloriam em si mesmos, e insultam e desprezam os filhos da fé. Orgulho e vanglória não podem enganar a Deus. Ele conhece intimamente o coração e a vida de todos. Pesa as ações. Distingue o caráter dos homens e pesa seus motivos na balança. Quando vê que será para o bem do homem e para Sua própria glória, Ele intervém em favor do Seu povo. No devido tempo, recompensará os justos e punirá os ímpios. — Idem.
Sexta-feira, 9 de março
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como muitos repetem com frequência o mesmo tipo de erro praticado por Elcana?
2. O que deveríamos fazer com as “Peninas” de nossa vida?
3. Como posso estar julgando mal alguém que conheço?
4. Explique a obra dos pais durante os primeiros três anos de vida de uma criança.
5. O que levou Ana a fazer aquela declaração pública?