

Lição 1 - O semeador
- Em: Escola Sabatina
- Por: ASDMR
Lição 1 - Sábado, 7 de abril de 2018
Assim diz o Senhor ao povo de Judá e de Jerusalém: Lavrem seus campos não arados[1], e não semeiem entre espinhos (Jeremias 4:3 – Nova Versão Internacional).
O jardim do coração deve ser cultivado. O solo deve ser trabalhado por profundo arrependimento. As satânicas plantas venenosas devem ser arrancadas. O solo, antes coberto por espinhos, só pode ser recuperado por diligente trabalho. Então, as más tendências do coração natural só podem ser vencidas por sincero esforço em nome de Jesus, unido à Sua força. — Parábolas de Jesus, p. 56.
Estudo adicional: Parábolas de Jesus, pp. 33-61 (capítulo 2: “A sementeira da verdade”).
Domingo, 1º de abril
1. ENSINANDO COM PARÁBOLAS
A. Que circunstâncias existentes entre o professo povo de Deus nos tempos de Cristo exigiam o uso de parábolas? Mateus 13:10-13.
Mt 13:10-13 — E chegando-se a Ele os discípulos, perguntaram-Lhe: Por que lhes falas por parábolas? 11 Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; 12 pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. 13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.
O evangelho de Cristo era uma pedra de tropeço [para o povo judeu], pois exigiam sinais em vez de um Salvador. Esperavam que o Messias confirmasse Suas exigências por meio de vitórias brilhantes, e então estabelecesse Seu império sobre as ruínas dos reinos terrestres. Cristo respondeu a essa expectativa apresentando-lhes a parábola do semeador. O Reino de Deus não seria estabelecido pela força das armas nem por intervenções violentas, mas pela implantação de um novo princípio no coração humano. — Parábolas de Jesus, p. 35.
B. Que profecia Jesus relacionou ao Seu ensino por parábolas? Isaías 6:9; Mateus 13:14 e 15.
Is 6:9 — Disse, pois, Ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
Mt 13:14 e 15 — E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis. 15 Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardiamente, e fecharam os olhos, para que não vejam, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e Eu os cure.
Para as mentes que estavam abertas à obra do Espírito Santo, o significado dos ensinos do Salvador se desdobrava cada vez mais. Mistérios eram esclarecidos, e tudo o que até ali tinha sido difícil de entender se tornava evidente. — Ibidem, p. 21.
Segunda-feira, 2 de abril
2. A PARÁBOLA DO SEMEADOR
A. Descreva a parábola do semeador. Mateus 13:3-8.
Mt 13:3-8 — E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. 4 E quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram. 5 E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda; 6 mas, saindo o Sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se. 7 E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram. 8 Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.
O principal ponto abordado pela parábola do semeador é o efeito que os vários tipos de solo exercem sobre o crescimento da semente que é neles plantada. [...] A questão de maior importância para você é: “Como tem tratado Minha mensagem?” Da aceitação ou rejeição dela depende o seu destino eterno. — Parábolas de Jesus, pp. 43 e 44.
B. Qual o significado da semente lançada à beira do caminho? Mateus 13:19.
Mt 13:19 — A todo o que ouve a palavra do Reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.
A semente lançada à beira do caminho representa a Palavra de Deus quando cai no coração de um ouvinte desatento. Semelhante à trilha batida, pisada por pés de homens e animais, assim é o coração que se torna uma estrada para o comércio do mundo, seus prazeres e pecados. Absorvida por objetivos egoístas e fraquezas pecaminosas, a alma é endurecida pelo engano do pecado (Hebreus 3:13). As faculdades espirituais ficam paralisadas. O homem ouve a Palavra, mas não a entende. Não percebe que ela se aplica a ele mesmo. Não reconhece sua necessidade nem seu perigo. Não compreende o amor de Cristo, e passa pela mensagem de Sua graça como se fosse algo que não lhe diz respeito. — Ibidem, p. 44.
C. Como Deus considera aqueles que semeiam discórdia na igreja? Provérbios 6:16-19. Como essa prática auxilia o inimigo em sua obra? Lucas 8:11 e 12.
Pv 6:16-19 — Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina: 17 olhos altivos, língua mentirosa e mãos que derramam sangue inocente; 18 coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal; 19 testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
Lc 8:11 e 12 — É, pois, esta a parábola: A semente é a Palavra de Deus. 12 Os que estão à beira do caminho são os que ouvem; mas logo vem o Diabo e tira-lhes do coração a Palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos.
Muitos que se consideram cristãos estão ajudando o tentador a retirar as sementes da verdade de outros corações. Muitos que ouvem a pregação da Palavra de Deus fazem dela objeto de crítica em casa. [...] A mensagem, que deveria ser considerada como a Palavra do Senhor para eles, é abordada com comentários insignificantes e sarcásticos. O caráter, os motivos e atos do ministro, assim como a conduta de outros membros da igreja, são discutidos livremente. Pronunciam-se duras críticas, repetem-se fofocas e difamações, e tudo isso na presença de pessoas não convertidas. Muitas vezes essas coisas são faladas pelos pais na presença dos próprios filhos. Desse modo, o respeito pelos mensageiros de Deus e a reverência pela Sua mensagem são destruídos. E muitos são ensinados a considerar a própria Palavra de Deus como algo insignificante. — Ibidem, pp. 45 e 46.
Terça-feira, 3 de abril
3. NÃO DISPOSTO AO SACRIFÍCIO
A. O que aconteceu com a semente que caiu sobre o solo pedregoso? Mateus 13:20 e 21.
Mt 13:20 e 21 — E o que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o que ouve a Palavra, e logo a recebe com alegria; 21 mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da Palavra, logo se escandaliza.
Muitos que professam religião são ouvintes “pedregosos”. Assim como a rocha, que se encontra logo abaixo da superfície, o egoísmo do coração natural está oculto sob uma fina camada de bons desejos e aspirações. O amor do eu não é vencido. Essas pessoas ainda não viram a terrível malignidade do pecado, e o coração delas não se humilhou pela convicção da culpa. Elas podem ser facilmente convencidas, dando a entender que são conversos promissores, mas sua religião é apenas superficial.
Não é por aceitarem imediatamente a Palavra, nem por se alegrarem na mesma, que os homens apostatam. [...] Não calculam o custo. Não levam em conta o que a Palavra de Deus exige deles. Não a colocam na balança com todos os seus hábitos de vida, e não se entregam completamente à sua direção. — Parábolas de Jesus, pp. 46 e 47.
B. Como o jovem rico revelou ser um ouvinte “pedregoso”? Mateus 19:22. Como podemos manifestar a mesma atitude dele? João 6:60.
Mt 19:22 — E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
Jo 6:60 — Muitos, pois, dos Seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
Muitos aceitam o evangelho para escapar ao sofrimento, e não como uma libertação do pecado. Alegram-se por certo tempo, achando que a religião os livrará de dificuldades e provações. Enquanto a vida transcorre de modo pacífico, parecem ser cristãos consistentes. No entanto, desmaiam sob a ardente prova da tentação. Não conseguem suportar a vergonha pelo amor de Cristo. Quando a Palavra de Deus lhes aponta algum pecado acariciado ou exige abnegação e sacrifício, ofendem-se. Custaria, para eles, muito esforço operar uma mudança radical na vida. Olham às desvantagens e provações do presente, e se esquecem das realidades eternas. — Ibidem, pp. 47 e 48.
C. O que Deus exige de nós, e como Jesus nos deixou um exemplo nesse sentido? Lucas 9:23; Romanos 12:1; Romanos 5:6-8.
Lc 9:23 — Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-Me.
Rm 12:1 — Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Rm 5:6-8 — Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a Seu tempo pelos ímpios. 7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. 8 Mas Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
Cristo entregou tudo por nós, e aqueles que recebem a Jesus estarão prontos a sacrificar tudo em prol da causa de seu Redentor. O pensamento de Sua honra e glória é posto acima de qualquer outra coisa. — Ibidem, p. 49.
Quarta-feira, 4 de abril
4. SUFOCADOS PELOS ESPINHOS DO MUNDANISMO
A. Qual é o significado dos espinhos que sufocam a boa semente? Marcos 4:18 e 19; Lucas 8:14.
Mc 4:18 e 19 — Outros ainda são aqueles que foram semeados entre os espinhos; estes são os que ouvem a Palavra; 19 mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça doutras coisas, entrando, sufocam a Palavra, e ela fica infrutífera.
Lc 8:14 — A parte que caiu entre os espinhos são os que ouviram e, indo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e deleites desta vida, e não dão fruto com perfeição.
B. Do que devemos nos lembrar para impedir que os cuidados desta vida sufoquem a boa semente da verdade? Mateus 6:25-32; Salmos 55:22.
Mt 6:25-32 — Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? 26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? 27 Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? 28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; 29 contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. 30 Pois se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? 31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? 32 (Pois a todas estas coisas os gentios procuram). Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.
Sl 55:22 — Lança o teu fardo sobre o Senhor, e Ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.
Os cristãos devem trabalhar e se dedicar aos negócios, podendo fazer tudo isso sem cometer pecado. Mas muitos se deixam absorver tanto pelos negócios que não têm tempo para orar, estudar a Bíblia, ou mesmo para buscar e servir a Deus. Em alguns casos, a alma anseia pela santidade e pelo Céu; mas não separa tempo para se afastar da agitação do mundo a fim de ouvir as palavras majestosas e verdadeiras do Espírito de Deus. As coisas eternas são colocadas em segundo plano, e as seculares consideradas supremas. É impossível que a semente da Palavra produza fruto, pois a vida da alma é usada para alimentar os espinhos do mundanismo. — Parábolas de Jesus, pp. 51 e 52.
C. Que atitude mostra que a boa semente está sendo sufocada por riquezas mundanas? Deuteronômio 8:17.
Dt 8:17 — E digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão me adquiriram estas riquezas.
O amor às riquezas tem um poder sedutor e enganoso. Muitas vezes, aqueles que possuem tesouros mundanos se esquecem de que Deus é quem lhes dá poder para obter riqueza. [...] Em vez de considerarem a riqueza como um talento a ser empregado para a glória de Deus e para a elevação da humanidade, eles a consideram como um meio de servirem ao eu. — Ibidem, p. 52.
D. Como podemos impedir que “a cobiça de outras coisas” sufoque a Palavra? Marcos 4:19; Mateus 6:33 e 34.
Mc 4:19 — Mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça de outras coisas, entrando, sufocam a Palavra, e ela fica infrutífera.
Mt 6:33 e 34 — Mas buscai primeiro o Seu Reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
“E a cobiça de outras coisas” (Marcos 4:19). Essas não são necessariamente coisas pecaminosas em si mesmas, mas interesses que são considerados mais importantes do que o Reino de Deus. Tudo o que desvia a mente de Deus, que desvia as afeições de Cristo, é um inimigo da alma. — Ibidem, p. 53.
Quinta-feira, 5 de abril
5. A SEMENTE PLANTADA NA BOA TERRA
A. Se nosso coração for semelhante à boa terra, como receberemos a Palavra de Deus? 1 Tessalonicenses 2:13; Jeremias 15:16.
1 Ts 2:13 — Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a Palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como Palavra de Deus, a qual também opera em vós, que credes.
Jr 15:16 — Acharam-se as Tuas palavras, e eu as comi; e as Tuas palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração; pois levo o Teu nome, ó Senhor Deus dos exércitos.
Somente aquele que recebe as Escrituras como a voz de Deus falando a si mesmo é um verdadeiro aluno. [...]
Frequentemente a Palavra de Deus entra em rota de colisão com os traços de caráter hereditários e cultivados do homem e seus hábitos de vida. Mas o ouvinte “fértil”, ao receber a Palavra, aceita todas as condições e requisitos dela. Seus hábitos, costumes e práticas são submetidos à Palavra de Deus. Em sua opinião, a autoridade do homem finito e errante se reduz à insignificância quando comparada à Palavra do Deus infinito. — Parábolas de Jesus, pp. 59 e 60.
B. Quão importante é o cultivo pessoal do coração? Jeremias 4:3 e 4.
Jr 4:3 e 4 — Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Lavrai o vosso terreno alqueivado, e não semeeis entre espinhos. 4 Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que a Minha indignação não venha a sair como fogo, e arda de modo que ninguém o possa apagar, por causa da maldade das vossas obras.
Ao longo da parábola do semeador, Cristo apresenta os diferentes resultados do plantio como se dependessem do tipo de solo. Em todos os casos, o semeador e a semente são os mesmos. Assim, Ele ensina que se a Palavra de Deus falha em efetuar sua obra em nosso coração e vida, o motivo deve ser encontrado dentro de nós, [e não na semente ou no semeador]. Porém, o resultado não está fora de nosso controle. É fato — não podemos mudar a nós mesmos —, mas o poder de decisão é nosso, e cabe a nós determinar o que nos tornaremos. A beira do caminho, o solo pedregoso, os ouvintes em meio aos espinhos não precisam permanecer assim. O Espírito de Deus procura sempre quebrar o encanto da paixão que mantém os homens absorvidos em coisas terrenas, despertando o anseio pelo tesouro imortal. — Ibidem, p. 56.
Sexta-feira, 6 de abril
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Quem unicamente é capaz de entender os ensinos de Cristo?
2. Como podemos ajudar o ouvinte à beira do caminho?
3. Alguns aceitam prontamente a verdade, mas deixam de calcular o custo. Que custo é esse?
4. Como uma coisa boa pode sufocar a preciosa semente da verdade?
5. Ao estudarmos a Palavra de Deus, o que percebemos sobre alguns dos nossos hábitos e traços de caráter? O que devemos fazer quanto a isso?
[1] “Não arados”, o mesmo que “alqueivados”. Terra lavrada, em repouso por um ou mais anos, para que possa se fortalecer e adquirir maior capacidade de produção. “Terreno alqueivado” é um solo há muito tempo em repouso, improdutivo por ociosidade.