

Equilíbrio
- Em: Mulher
- Por: Marta Rocha
Atualmente o perfil de morbimortalidade da população em geral tem sido cada vez mais alarmante. Embora o risco de adoecer e de morrer por doenças infecciosas e parasitárias tenha diminuído consideravelmente, as DCNT (doenças crônicas não transmissíveis) como câncer, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, aumentaram tanto que chegam a acometer cerca de 75% da população adulta. Entre os fatores e comportamentos de risco são identificados àqueles ligados ao estilo de vida (hábitos e comportamentos), às exposições no ambiente de trabalho (doenças ocupacionais e/ou profissionais e os acidentes de trabalho) e outros fatores de risco variados que acentuam ou interagem com outros preexistentes.1
Apesar de ainda haver muito a ser esclarecido sobre as causas determinantes deste grupo de doenças (DCNT), vários fatores de risco já estão bem definidos, entre eles: Obesidade, sedentarismo, ingestão de álcool e o fumo. Associam-se ainda os fatores de ordem psicossocial decorrentes de tensões ou conflitos vivenciados no ambiente de trabalho e familiar, reconhecidamente como geradores de "estresse". 2
O ingresso da mulher no mercado de trabalho é um dos fatores que pouco se discute, mas que, no entanto, tem um papel relevante nesse contexto, já que o distanciamento da mulher das atividades tradicionais desenvolvidas no lar e o consequente incremento da renda contribuíram para o processo de transição nutricional pelo qual vem passando as sociedades desenvolvidas. 3
Esse fato trouxe, ao menos, duas mudanças nos hábitos alimentares das famílias: 1 - As famílias passaram a consumir mais refeições fora de casa e; 2 - aumento do uso de alimentos industrializados e ultraprocessados. No Brasil, estima-se que 20% das refeições são feitas fora de casa, ou seja, 1 a cada 5 refeições.4 Além disso, quando preparam suas próprias refeições as pessoas tendem a fazer uso mais frequente de alimentos industrializados e ultraprocessados por conta da praticidade que eles oferecem. Paralelamente, estudos evidenciam que, doenças que anteriormente atingiam eminentemente o grupo masculino agora também estão acometendo as mulheres, já que estão sendo submetidas às mesmas pressões do ambiente de trabalho somando-se a dupla jornada e as inúmeras funções atribuídas à elas.
Existem alguns fatores fundamentais na prevenção de doenças tais como: Alimentação adequada, atividade física, exposição solar moderada e boa quantidade e qualidade de sono. Vejamos abaixo alguns conselhos inspirados que demonstram a importância de darmos atenção a esses fatores preventivos:
O exercício físico, o abundante uso de ar puro e luz solar – bênçãos que o Céu a todos concedeu abundantemente – dariam vida e forças a muitos. 5 Praticado ao ar livre, o exercício físico traz dez vezes mais benefícios do que quando realizado em ambiente fechado. Nada menos que o ar e a luz solar, meios saudáveis da natureza, satisfará plenamente às necessidades do organismo. 6 Os devidos períodos de sono e repouso, e abundância de exercício físico, são essenciais à saúde física assim como à mental. Privar-se das horas de sono e trabalhar excessivamente traz como resultado perdas irreparáveis. 7 A intemperança no comer, mesmo a comida saudável, exercerá debilitante influência sobre o organismo, enfraquecendo as mais vivas e santas emoções. 8 Comer em excesso entorpece todo o ser mediante o desvio das energias de outros órgãos para fazer o trabalho do estômago. 9 É essencial a estrita temperança no comer e beber, tanto para a conservação da saúde, como para o bom funcionamento de todo o organismo. Hábitos de estrita temperança aliados com o exercício muscular e mental, trarão vigor à mente e ao corpo, e comunicarão poder de resistência. 10
Portanto, a palavra-chave para que alcancemos saúde e qualidade de vida é “equilíbrio”. Precisamos estar atentas a tudo que afeta a nossa saúde, a fim de evitar os extremos da carência ou do excesso. Agindo assim manteremos nosso corpo saudável e consequentemente nossa mente sã a fim de que estejamos susceptíveis às impressões do Espírito Santo. Somente assim poderemos permitir que ocorra em nós a transformação tão necessária.
1. Lessa I. Doenças crônicas nãotransmissíveis. In: Lessa I.O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: epidemiologia das doenças crônicas nãotransmissíveis. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco; 1998. p. 2942./ 2. Brasileira, 2005. p.1268. Carvalho EMF.Estúdio de los factores psicosociales asociados com la hipertensión arterial primaria[tese]. Madrid: Universidad Complutense de Madrid; 1993. / 3. Savio KEO. Perfil nutricional da clientela atendida em restaurantes vinculados ao Programa de Alimentação do Trabalhador do distrito Federal. Brasil [dissertação]. Brasília: Universidade de Brasília; 2002. / 4. Araújo WMC, Cardoso L. Qualidade dos alimentos comercializados no Distrito Federal no período de 1997-2001 [dissertação]. Brasília: Universidade de Brasília; 2002. / 5.WHITE, Ellen G. Nossa Alta Vocação. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora. p. 221. / 6.WHITE, Ellen G. Fundamentos do Lar Cristão. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora. p. 73. / 7. WHITE, Ellen G. Obreiros Evangélicos. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora. p. 423. / 8.WHITE, Ellen G. Conselhos sobre Saúde. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora. p. 123. / 9.WHITE, Ellen G. Obreiros Evangélicos. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora. p. 230. / 10.WHITE, Ellen G. Conselhos sobre Saúde. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora. p. 123.
Marta Rocha
Vitória da Conquista-BA